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Na ONU, apenas Israel e Estados Unidos se opõe a fim do embargo a Cuba

Presidente da Tunísia Kais Saied encontra-se com a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen (não vista) em Bruxelas, Bélgica, 4 de junho de 2021 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]

Nesta quarta-feira (23), a Assembleia Geral das Nações Unidas condenou, pela 29ª vez, o embargo americano imposto a Cuba há quase seis décadas. A votação da resolução condenando as sanções teve 184 votos favoráveis, três abstenções – dos Emirados Árabes, Ucrânia e Colômbia – e apenas dois contrários, de Israel e Estados Unidos.

Essa votação acontece anualmente desde 1992, mas a pandemia de covid-19 adiou a análise da resolução em 2020. Na última vez que a resolução foi pautada na Assembleia, em 2019, o Itamaraty rompeu com uma tradição de 27 anos e votou a favor do embargo, alinhado a Trump e Israel. Dessa vez, o Brasil não votou.

O coordenador político da missão americana na ONU, Rodney Hunter, defendeu as sanções como um instrumento da política externa pela “liberdade” dos cubanos. “Os Estados Unidos estão com todos na defesa da liberdade de Cuba. Os cubanos, como todas as pessoas, merecem o direito à liberdade de expressão, reunião, cultura”, disse na Assembleia. “Nenhum governo deve silenciar seus críticos com violações de seus direitos humanos. Os Estados Unidos são contra essa resolução”.

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O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, comparou o bloqueio à pandemia, afirmando que “assim como o vírus, o bloqueio sufoca e mata, e deve acabar”. “O governo dos Estados Unidos assumiu o vírus como um aliado na sua impiedosa guerra não convencional, intensificou deliberada e oportunisticamente o bloqueio econômico, comercial e financeiro; e causou ao país perdas recorde de cerca de US$ 5 bilhões”, disse Rodríguez.

“Não é legal, nem ético, que o governo de uma potência submeta uma pequena nação durante décadas a uma incessante guerra econômica para impor-lhe um sistema político estrangeiro e um governo de seu próprio projeto”, afirmou.

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