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Corte israelense adia soltura de Kamal al-Khatib

Sheikh Kamal al-Khatib, vice-líder do Movimento Islâmico, durante coletiva de imprensa sobre as violações em Al-Aqsa, Jerusalém ocupada, 4 de agosto de 2014 [Saeed Qaq/Apaimages]

A Corte de Magistratura de Israel em Nazaré estendeu ontem (16) a prisão do sheikh Kamal al-Khatib, vice-líder do Movimento Islâmico no território israelense  — isto é, ocupado durante a Nakba ou catástrofe, via limpeza étnica, em 1948.

Omar Khamaisi, chefe de sua equipe de defesa, afirmou que o juiz analisou o caso e encontrou supostos erros processuais; então, adiou a soltura para o próximo domingo (20).

Segundo o advogado, é provável sua libertação — “mas não temos certeza”.

Dezenas de ativistas e figuras nacionais palestinas protestaram contra a prisão de al-Khatib e a campanha de detenção arbitrária imposta por Israel contra a população árabe nativa.

A polícia israelense prendeu al-Khatib em 14 de maio, durante uma violenta invasão à sua aldeia natal, Kufr Qanna, que deixou dezenas de palestinos feridos, alguns em estado grave.

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Em 24 de maio, o juiz Zayed Fallah, da Corte de Magistratura de Haifa, ordenou que al-Khatib fosse encaminhado à prisão domiciliar até 28 de maio, ao observar a falta de qualquer justificativa legal para mantê-lo em regime fechado.

Entretanto, no mesmo dia, a polícia israelense entrou com recurso e revogou a decisão.

Segundo o grupo de direitos humanos Adalah, a promotoria da ocupação israelense acusou al-Khatib de incitação à violência. Não obstante, Hassan Jabareen, diretor do Adalah, destacou que a prisão é ilegal, dado que não havia mandado para a polícia invadir sua casa.

Jabareen argumentou em juízo que as alegações contra al-Khatib não justificam a prisão.

Durante a audiência, a defesa apresentou um vídeo de um discurso proferido em uma mesquita no dia em que foi detido. Em seu sermão, al-Khatib condenou um ataque contra um judeu israelense, ao declarar que, caso presente, teria agido para protegê-lo.

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