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As famílias de Sheikh Jarrah estão traumatizadas pela violência dos colonos, diz comissário-geral da UNRWA

Comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, discursa em coletiva de imprensa após visita à cidade de Gaza, Gaza, em 26 de novembro de 2020. [Ali Jadallah/Agência Anadolu]
Comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, discursa em coletiva de imprensa após visita à cidade de Gaza, Gaza, em 26 de novembro de 2020. [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

As famílias palestinas de Sheikh Jarrah “vivem em constante medo de serem expulsas à força (…) e estão traumatizadas pela violência dos colonos”, disse ontem o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Philippe Lazzarini.

Ele fez as observações durante uma visita a oito famílias de refugiados palestinos no centro da campanha de despossessão por organizações de colonos israelenses do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada.

“As famílias que encontrei hoje em Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, vivem no medo constante de serem deslocadas à força e de perderem suas casas”, disse Lazzarini.

“Elas também estão traumatizadas pelo aumento da violência dos colonos na presença das Forças de Segurança israelenses”, acrescentou ele.

“Para evitar novas escaladas de tensões na Cisjordânia, inclusive em Jerusalém Oriental, o deslocamento forçado e as demolições administrativas, contrárias ao direito internacional, devem terminar”.

Vinte e oito famílias que foram deslocadas de suas casas em 1948 para dar lugar à formação do Estado de Israel, e estabeleceram casas no bairro de Sheikh Jarrah em 1954, após um acordo com a ONU e a Jordânia, correm agora o risco de serem novamente deslocadas forçadamente às mãos do Estado de ocupação.

As famílias são sujeitas a campanhas diárias de assédio por parte de colonos israelenses ilegais que são protegidos pelas forças de ocupação e pela polícia.

A entrada de Sheikh Jarrah tem sido bloqueada por barreiras de concreto colocadas pela ocupação com o objetivo de restringir o movimento e proibir a entrada de qualquer pessoa não registrada como residente do bairro.

LEIA: Balanço de onze dias de bombardeio à Gaza

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