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Líder houthi rejeita sanções dos EUA e alerta para maiores ataques

Combatentes houthis durante um funeral de companheiros mortos durante os confrontos com forças do governo pelo controle da província de Marib, rica em petróleo, em Sanaa, capital do Iêmen, 20 de março de 2021 [Mohammed Hamoud/Getty Images]
Combatentes houthis durante um funeral de companheiros mortos durante os confrontos com forças do governo pelo controle da província de Marib, rica em petróleo, em Sanaa, capital do Iêmen, 20 de março de 2021 [Mohammed Hamoud/Getty Images]

Um líder do movimento iemenita houthi, ligado ao Irã, rejeitou neste domingo (23) novas sanções dos Estados Unidos contra oficiais militares e ameaçou conduzir maiores ataques a “países hostis”, após Washington reivindicar colaboração com os esforços de paz.

Na quinta-feira (20), a Casa Branca impôs novas sanções a dois comandantes militares houthis, à medida que rebeldes mantiveram uma ofensiva para capturar a região de Marib a despeito dos apelos do representante americano por desescalada e cessar-fogo.

Os houthis enfrentam uma coalizão liderada pela Arábia Saudita há mais de seis anos.

A guerra resultou em dezenas de milhares de mortos e levou o Iêmen à margem da fome.

“Sanções não assustam os mujahideen [combatentes sagrados]”, tuitou Mohammed Ali al-Houthi, chefe do conselho supremo do grupo iemenita. “Caso mantenham o bloqueio e a agressão, talvez haverá ataques em lugares inesperados de países hostis”.

O movimento rebelde mantém ainda ataques através da fronteira contra Arábia Saudita e uma forte ofensiva na região iemenita de Marib, rica em petróleo.

LEIA: Coalizão saudita destrói drone houthi lançado do Iêmen

Em março, Riad propôs um acordo nacional de cessar-fogo, incluindo a reabertura do fluxo aéreo e marítimo a áreas mantidas pelos houthis.

No entanto, o grupo rebelde insiste que as restrições sobre o porto de Hudaydah, principal entrada de bens ao país, e sobre o aeroporto de Sanaa, sejam antes suspensas, para então engajar-se em negociações e consolidar uma trégua.

A coalizão saudita interveio no Iêmen em março de 2015, após o grupo houthi derrubar o governo aliado de Abdrabbuh Mansur Hadi e capturar a capital Sanaa. O conflito é considerado uma guerra por procuração entre Arábia Saudita e Irã.

Na quinta-feira (20), Tim Lenderking, enviado especial dos Estados Unidos no Iêmen, também solicitou que a coalizão remova restrições sobre os portos e aeroportos do Iêmen, a fim de atenuar a pior crise humanitária do mundo, como descreve a ONU.

Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos travam guerra no Iêmen [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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