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Dua Lipa condena anúncio do New York Times que a difamou como antissemita

A cantora pop Dua Lipa foi ao Twitter neste sábado (22) para denunciar veementemente um anúncio publicado no jornal The New York Times para acusá-la de antissemitismo, junto de outras celebridades que denunciaram o bombardeio israelense a Gaza.

As informações são da agência Anadolu.

A propaganda de página inteira — divulgada pela fundação World Values Network — refere-se a Dua Lipa e às modelos Bella e Gigi Hadid como “mega-influencers que difamam o estado judeu … ao acusar Israel de limpeza étnica”.

O anúncio reflete a posição da World Values Network em seu website, na qual acusa Dua Lipa e as irmãs Hadid de formar uma “trindade obscena de bile antissemita, com o intuito de demonizar o povo judeu, que insistem não ter direito de autodefesa”.

A peça publicitária inclui ainda uma montagem fotográfica das três mulheres em eventos de tapete vermelho, com a chamada: “Conheça a nova brigada influencer do Hamas”.

Lipa — que namora Anwar Hadid, caçula da família palestino-americana — reagiu: “A World Values Network usa meu nome para avançar com sua hedionda campanha de mentiras … Permaneço em solidariedade aos povos oprimidos e repudio toda forma de racismo”.

As irmãs Hadid são também eloquentes em seu apoio à Palestina — onde nasceu seu pai — e mantiveram críticas contundentes à ofensiva israelense contra Gaza.

Dua Lipa — nascida em Londres, de origem islâmica — compartilhou no Twitter seu apoio à preservação do bairro palestino Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, onde residentes árabes vivem sob ameaça de despejo arbitrário para dar lugar a colonos ilegais.

Outras celebridades também demonstraram apoio à Palestina ocupada, como os cantores Roger Waters, Zayn, The Weeknd e os atores Idris Elba e Mark Ruffalo — conhecido por interpretar o Hulk na franquia Avengers (Vingadores).

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Na sexta-feira (21), um cessar-fogo mediado pelo Egito entre Israel e grupos palestinos entrou em vigor, após onze dias de hostilidades.

Ao menos 279 palestinos morreram, incluindo 69 crianças e 40 mulheres, além de 1.910 feridos devido aos ataques aéreos israelenses em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.

Grupos de resistência responderam às violações israelenses nos territórios ocupados e à ofensiva militar contra a Faixa de Gaza com foguetes caseiros.

Doze israelenses morreram.

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