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Grupos do Quênia pedem apoio ao BDS contra ataques israelenses a Gaza

Manifestantes marcham em protesto contra os bombardeios israelenses em Gaza, na cidade de Nairóbi, Quênia, 13 de maio de 2021 [AFP via Getty Images]
Manifestantes marcham em protesto contra os bombardeios israelenses em Gaza, na cidade de Nairóbi, Quênia, 13 de maio de 2021 [AFP via Getty Images]

Grupos de direitos civis na cidade queniana de Mombasa reivindicaram boicote a todos os produtos israelenses ao demonstrar solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza sitiada, sob campanha belicista de Israel desde 10 de maio.

Desde o início dos bombardeios israelenses, ao menos 230 palestinos morreram, incluindo 65 crianças, além de 1.700 feridos. Na Cisjordânia ocupada, foram mortos treze palestinos.

Manifestantes também reuniram-se no Parque Memorial Jardins Uhuru, em Nairóbi, capital do Quênia, e entoaram palavras de ordem como “Viva Palestina” e “Palestina Livre”.

O protesto exortou os cidadãos quenianos a boicotarem bens israelenses, em apoio a outras nações e entidades — com destaque à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) — que opõem-se à brutalidade colonial contra os palestinos.

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Inspirado na luta anti-apartheid da África do Sul e no movimento de direitos civis dos Estados Unidos, o movimento de BDS foi lançado em 2005 por ativistas palestinos de base, como meio de enfrentar a ocupação de forma não-violenta, em âmbito internacional.

“Agimos em solidariedade com a Palestina”, declarou Francis Auma, oficial de resposta humanitária da organização islâmica Muhuri. “O órgão de direitos humanos das Nações Unidas e outros permanecem quietos, o mundo inteiro está mudo enquanto os palestinos sangram”.

“Como ativistas de direitos humanos, sabemos que Israel conduz assassinatos em massa”, reiterou Auma, ao ainda denunciar o apoio efetivo do governo queniano a Israel, à medida que a polícia local disparou gás lacrimogêneo contra as manifestações.

Amb Martin Kimani, representante permanente do Quênia no Conselho de Segurança da ONU, reivindicou no domingo (16) um cessar-fogo imediato diante da escalada israelense, ao argumentar que a violência reverte qualquer progresso em direção à paz.

“Para dar uma chance à paz e ao diálogo, o Quênia opõe-se às atividades dos assentamentos ilegais nos territórios palestinos ocupados. É importante que o consenso do status quo de Jerusalém seja também respeitado”, enfatizou o embaixador.

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