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Observatório internacional de mídia destaca estereótipos racistas contra núbios no Egito

Mulheres egípcias da Núbia vendem souvenirs na vila de Gharb Suhail, perto de Aswan, no Alto Egito, cerca de 920 quilômetros ao sul da capital Cairo, em 5 de fevereiro de 2020 [Khaled Desouki/AFP via Getty Images]
Mulheres egípcias da Núbia vendem souvenirs na vila de Gharb Suhail, perto de Aswan, no Alto Egito, cerca de 920 quilômetros ao sul da capital Cairo, em 5 de fevereiro de 2020 [Khaled Desouki/AFP via Getty Images]

A mídia egípcia incita o racismo contra as comunidades núbias do país, afirmou um artigo publicado pela agência de vigilância da mídia internacional, o Media Diversity Institute (MDI).

“Durante décadas, os núbios receberam um ataque violento de racismo, marginalização cultural e discriminação propagada pela mídia egípcia e pela indústria do entretenimento”, escreveu Osama Gaweesh para o MDI.

O artigo cita vários incidentes de oficiais egípcios e elitistas estereotipando núbios racialmente na mídia. Por exemplo, um advogado descrito por MDI como um “leal a Sisi” dirigiu-se a um núbio em uma entrevista de TV em 2016, dizendo-lhe: “Você é um servo e um porteiro”. Esse é o tipo de estereótipo tipicamente propagado na mídia egípcia, segundo o qual egípcios de pele escura, incluindo núbios, só trabalham em empregos de colarinho azul.

O artigo compara a história e o status dos núbios no Egito aos dos nativos americanos e dos aborígenes australianos.

Desde o início do século 20, os núbios têm experimentado severa negligência e exploração sob o governo egípcio, grupos de direitos humanos têm alertado, isso os reduziu a uma sociedade distópica. Os núbios enfrentaram o deslocamento e a perda de casas várias vezes devido à construção da barragem de Aswan e da barragem alta no rio Nilo.

Os núbios atualmente representam três por cento da população egípcia. Eles são indígenas do sul do Egito.

LEIA: Egito agradece a mediação da Rússia na disputa da barragem na Etiópia

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