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Síria racionaliza combustível conforme persiste obstrução de Suez

Navio de carga Ever Given, encalhado no Canal de Suez, visto de uma aldeia perto da hidrovia egípcia, em 28 de março de 2021 [Mahmoud Khaled/Getty Images]
Navio de carga Ever Given, encalhado no Canal de Suez, visto de uma aldeia perto da hidrovia egípcia, em 28 de março de 2021 [Mahmoud Khaled/Getty Images]

O regime sírio do presidente Bashar al-Assad decidiu “racionalizar” combustível à medida que prevê atraso no fornecimento de insumos energéticos devido à obstrução do Canal de Suez, no Egito, segundo informações da rede The New Arab.

O enorme navio de carga Ever Given encalhou diagonalmente em Suez na última terça-feira (23), bloqueando ambas as vias de tráfego.

O incidente afetou 12% do comércio global e resultou em atraso na importação de petróleo da Síria, ainda à espera de uma remessa prevista para a última sexta-feira.

Em nota, o Ministério de Petróleo da Síria afirmou neste sábado (27) que a obstrução “impactou as importações de petróleo do país e atrasou a chegada de uma embarcação com materiais combustíveis e insumos petrolíferos do governo aliado do Irã”.

Prosseguiu: “O regime está racionalizando a distribuição dos produtos disponíveis de petróleo, para garantir a continuidade de serviços essenciais, como padarias e hospitais”.

Segundo o ministro sírio Bassam Tomeh, o petroleiro iraniano pode ser redirecionado a circundar o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul africano – rota muito maior e mais custosa adotada por outros navios comerciais, ao invés de aguardar a liberação de Suez.

O Canal de Suez foi concluído em 1869, sob projeto colonial franco-britânico, apesar de protestos do próprio estado do Reino Unido, na ocasião. Em 1956, o então Presidente do Egito Gamal Abdel Nasser nacionalizou a hidrovia, administrada hoje pela autoridade pública.

LEIA: Em crise do Canal de Suez, navios de carga mudam de curso conforme a crise se prolonga, sem solução à vista

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