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Filipinas investiga tráfico de 44 mulheres para a Síria

Mulheres que vivem em um campo de refugiados na Síria, em 23 de junho de 2017. [İsmihan Özgüven/Agência Anadolu]
Mulheres que vivem em um campo de refugiados na Síria, em 23 de junho de 2017. [İsmihan Özgüven/Agência Anadolu]

O Escritório de Imigração das Filipinas (BI, na sigla em inglês) abriu uma investigação sobre as alegações de que alguns de seus oficiais estavam envolvidos no tráfico de 44 mulheres para trabalhar na Síria, informou a AFP na quarta-feira.

De acordo com o Senado das Filipinas, as mulheres viajaram com visto de turista das Filipinas para Dubai, onde haviam prometido trabalho.

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Enquanto estavam em Dubai, as mulheres foram “trancadas em um dormitório escuro e sujo e feitas dormir no chão”, disse a senadora Risa Hontiveros, que está liderando o inquérito.

Depois que seus vistos de 30 dias expiraram, relatou a AFP, as mulheres foram forçadas a ir para Damasco, onde foram vendidas a empregadores por até US$ 10.000.

“Nossos oficiais de imigração parecem estar enviando nossas mulheres para a escravidão”, declarou Hontiveros na semana passada.

“Devido às duras condições de trabalho”, revelou o Ministério das Relações Exteriores das Filipinas, dezenas de mulheres fugiram para a Embaixada das Filipinas em Damasco.

O Ministério das Relações Exteriores repatriou pelo menos seis dos trabalhadores indocumentados depois de obter vistos de saída para eles, informou a AFP.

“Estou desapontado e frustrado com o suposto envolvimento do pessoal do BI nessas atividades nefastas”, disse o chefe da imigração, Jaime Morente, ao inquérito do Senado, de acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira.

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