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Ministro do Líbano alerta sobre produtos químicos ‘perigosos’ em instalação de petróleo

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, na capital Beirute, Líbano, em 10 de agosto de 2020. [Presidência libanesa/Agência Anadolu]
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, na capital Beirute, Líbano, em 10 de agosto de 2020. [Presidência libanesa/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro que está deixando o Líbano, Hassan Diab, disse hoje que especialistas encontraram “produtos químicos perigosos” em um depósito nas instalações de petróleo de Zahrani no sul, informou a Reuters.

Diab disse que a autoridade de energia atômica do país identificou as substâncias como “nucleares” após revisar um relatório da empresa alemã Combi Lift, que o Líbano encarregou de limpar materiais perigosos no porto de Beirute.

Um porta-voz da Combi Lift disse não ter qualquer conhecimento da questão Zahrani.

“Isso precisa ser discutido agora e deve ser tratado prontamente”, uma declaração do conselho de defesa superior do Líbano citou Diab após uma reunião.

Seus comentários foram feitos quase oito meses depois que um estoque de produtos químicos detonou em Beirute, matando quase 200 pessoas em uma das maiores explosões não nucleares já registradas. O nitrato de amônio pegou fogo em agosto passado, depois de ser armazenado de forma insegura no porto por anos.

O gabinete de Diab serviu como interino desde que renunciou devido à devastação que atingiu grande parte da capital libanesa, agravando a crise financeira do país.

Depois que o Líbano contratou a Combi Lift no ano passado após a explosão, a empresa alemã disse que encontrou 58 contêineres no porto de Beirute que representavam uma ameaça para a cidade. Parte disso estava lá há mais de uma década.

O embaixador alemão em Beirute, Andreas Kindl, disse neste mês que os materiais nos contêineres estavam bem embalados, mas aguardavam para serem despachados para descarte na Alemanha, já que o Líbano ainda não havia feito o pagamento de US$ 2 milhões estipulado no contrato.

O porta-voz da Combi Lift, Malte Steinhoff, disse hoje que os contêineres ainda estavam em Beirute em meio a conversas com as autoridades libanesas sobre financiamento.

“Esperamos […] encontrar uma solução este mês”, disse ele.

LEIA: Banco Mundial, União Europeia e ONU aceitam enviar dólares ao Líbano

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