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Banco Mundial, União Europeia e ONU aceitam enviar dólares ao Líbano

Manifestantes bloqueiam estradas durante manifestações contra o colapso econômico em Beirute, Líbano, 17 de março de 2021 [Mahmut Geldi/Agência Anadolu]
Manifestantes bloqueiam estradas durante manifestações contra o colapso econômico em Beirute, Líbano, 17 de março de 2021 [Mahmut Geldi/Agência Anadolu]

Grupos empobrecidos no Líbano podem receber em breve maior assistência, após uma carta de doadores internacionais divulgada nesta quarta-feira (17) anunciar um acordo para enviar dólares ao país, à medida que a libra libanesa bate um novo recorde de queda.

As informações são da agência Reuters.

O socorro ao país em meio ao colapso financeiro agravado pela pandemia de covid-19 é entregue em libras libanesas, conforme índices estabelecidos pelo Banco Central.

Porém, em carta ao Ministério das Finanças do Líbano, representantes da União Europeia, ONU e Banco Mundial alegaram “observar o acordo verbal” conciliado em 22 de fevereiro entre o chefe do Banco Central e o premiê adjunto, para que a ajuda seja emitida em dólares.

“Estamos confiantes de que compartilham conosco a urgência de empreender os mecanismos acordados de pagamento, o mais breve possível, para garantir a consistência e continuidade da ajuda em meio a condições socioeconômicas cada vez mais difíceis”, declarou a carta.

O Líbano possui uma das maiores desigualdades em termos de distribuição de riquezas do mundo. A pobreza escalou exponencialmente desde 2019, quando eclodiu a crise econômica, agravada pela explosão que devastou o porto e áreas comerciais de Beirute, em agosto.

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Manifestantes incendiaram pneus e bloquearam estradas em Beirute na terça-feira (16). Autoridades temem maiores insurreições, perante o desemprego, a inflação, a pandemia de coronavírus e a crise financeira, com raízes em décadas de corrupção e desperdício público.

Quase metade da mão de obra depende de remunerações diárias pagas, em grande maioria, na moeda local. Um estudo recente da organização assistencial CARE revelou que 94% da população libanesa recebe hoje um valor menor do que o salário mínimo.

Grupos de direitos humanos exortaram doadores a enviar assistência diretamente ao povo, que luta para obter itens básicos, como alimentos, habitação e cuidados de saúde, ao destacar o histórico de má gestão do governo após o fim da guerra civil, em 1990.

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