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Turquia convoca enviado iraniano para esclarecer envolvimento militar no Iraque

Iraj Masjedi, embaixador do Irã no Iraque, em coletiva de imprensa em Basra, 11 de setembro de 2018 [Haidar Mohammed Ali/AFP/Getty Images]
Iraj Masjedi, embaixador do Irã no Iraque, em coletiva de imprensa em Basra, 11 de setembro de 2018 [Haidar Mohammed Ali/AFP/Getty Images]

O Ministério de Relações Exteriores da Turquia convocou ontem (28) o embaixador iraniano em Ancara, Mohammad Farazmand, para protestar contra declarações do embaixador iraniano em Bagdá, Iraj Masjedi, nas quais acusou o governo turco de violar a soberania do país.

As informações são da agência Anadolu.

Fontes diplomáticas da Turquia relataram que a chancelaria informou a Farazmand que Ancara espera franco apoio de Teerã em seu combate ao “terrorismo”, e não qualquer oposição.

O ministério rejeitou as acusações de Masjedi e destacou que a Turquia combate forças paramilitares do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no Iraque, que representam suposta ameaça à estabilidade, segurança e soberania do país árabe.

No sábado (27), a rede de imprensa curda Rudaw publicou uma entrevista com Masjedi na qual o diplomata reivindicou que o exército turco “deixe o Iraque e respeite suas terras”.

“Repudiamos a intervenção militar no Iraque e forças turcas não deveriam impor ameaças ou violar o solo iraquiano”, declarou Masjedi. “A segurança do Iraque deve ser mantida por forças iraquianas e forças regionais [curdas]”.

“Não aceitamos em absoluto que a Turquia, ou qualquer outro país intervenha militarmente, avance ou imponha sua presença militar no Iraque”, prosseguiu Masjedi. “Portanto, acreditamos que os turcos devem retornar à sua posição internacional”.

O embaixador turco no Iraque, Fatih Yildiz, respondeu no Twitter: “O embaixador do Irã deveria ser a última pessoa a dar sermão à Turquia sobre o respeito às fronteiras iraquianas”.

Embaixador turco no Iraque reage a comentários de sua contraparte iraniana

Em meados de fevereiro, a Turquia lançou uma operação militar contra o PKK no norte do Iraque, após o grupo executar treze reféns turcos.

LEIA: Iraque quer encerrar protestos antes da visita do papa

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