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Grupos judaicos exortam Biden a revogar rótulo ‘Made in Israel’ para produtos dos assentamentos

Secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, discursa após ser indicado pelo então presidente eleito Joe Biden, em Wilmington, Delaware, 24 de novembro de 2020 [Mark Makela/Getty Images]
Secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, discursa após ser indicado pelo então presidente eleito Joe Biden, em Wilmington, Delaware, 24 de novembro de 2020 [Mark Makela/Getty Images]

Seis organizações progressistas judaico-americanas exortaram o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden a revogar uma diretiva de seu predecessor, Donald Trump, segundo a qual importações oriundas dos assentamentos ilegais israelenses, construídos em terras palestinas ocupadas, devem ser rotuladas como “Made in Israel”.

“Acreditamos que a medida é inconsistente com a atual política dos Estados Unidos sobre o status dos territórios ocupados, imprecisa e deturpada sobre a origem dos produtos e prejudicial aos interesses essenciais de palestinos e israelenses”, declararam as entidades em carta conjunta, submetida ao Secretário de Segurança Interna Alejandro Mayorkas.

Semanas antes de deixar a Casa Branca, Trump orientou o Departamento de Segurança Interna a adotar novos rótulos para produtos fabricados na chamada Área C, na Cisjordânia ocupada, sob absoluto controle militar e administrativo de Israel.

A Área C compõe 60% do território palestino sob ocupação, alvo de reiterados planos israelenses para anexar ilegalmente a região, que abriga diversos assentamentos considerados ilegais segundo a lei internacional.

É previsto que o Departamento de Segurança Interna aplique o prazo de 23 de março para que empresas rotulem seus produtos fabricados em terras ocupadas como “Made in Israel”, incluindo mercadorias produzidas por palestinos.

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“Somos organizações americanas pró-Israel que exortam o Departamento de Segurança Interna a rever e revogar o Aviso Geral sobre Rotulagem de Produtos de Cisjordânia e Gaza, promulgado em 23 de dezembro de 2020 pela gestão anterior”, declarou a carta.

São os signatários: a organização sionista Ameinu; Americans for Peace Now (APN); o grupo de advocacia J Street; a ong Parceiros por Israel Progressista, filiada ao Fundo Novo Israel (NIF); e o Chamado Rabínico por Direitos Humanos (T’ruah).

“Desta forma, exortamos o Departamento de Segurança Interna a reavaliar e rescindir o Aviso Geral e aplicar devidamente as longevas diretrizes aduaneiras que exigem que tais bens sejam rotulados adequadamente”, concluiu a carta.

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