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Com resultados ainda em aberto, candidato à presidência do Equador denuncia fraude eleitoral

Manifestantes saem às ruas do Equador em apoio ao candidato indígena Yaku Perez [ Foto reprodução Twitter]
Manifestantes saem às ruas do Equador em apoio ao candidato indígena Yaku Perez [ Foto reprodução Twitter]

O candidato indígena à presidência do Equador, Yaku Perez, denunciou fraude eleitoral e convocou seus apoiadores a protestarem pela recontagem dos votos. Ainda sem um resultado oficial, apenas Andrés Arauz, candidato apoiado pelo ex-presidente Rafael Corra, está garantido no segundo turno das eleições presidenciais, em abril.

Grupos indígenas se reuniram, com bandeiras coloridas, em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador para protestar contra a suposta fraude eleitoral e manifestar apoio ao presidenciável, Yaku Perez.

Perez – atualmente em terceiro lugar com mais de 99% das urnas apuradas – insiste que haja uma recontagem de votos em várias províncias. Ele acusa o candidato da direita, Guilherme Lasso, que está em segundo lugar e o da esquerda, Andrés Arauz de adulterar a contagem dos votos para que o segundo turno seja entre eles. O candidato disse em seu Twitter que havia indícios de irregularidades nas urnas eleitorais em Guayas

“A Comissão Nacional Anticorrupção descobriu que há indícios de irregularidades nas urnas eleitorais em Guayas. É necessário tornar esta eleição transparente com uma recontagem dos votos. A decisão popular deve ser respeitada.”

O segundo turno das eleições presidenciais do Equador ainda não está definido. De acordo com o CNE, o resultado final das eleições do último domingo ainda pode levar dias. Andrés Arauz, candidato de esquerda, está garantido em primeiro lugar com 37,7% dos votos. Em disputa pelo segundo lugar, Lasso está com 19,74% e Perez com 19,38%.  O candidato indígena estava em segundo lugar nas apurações, mas o candidato da direita o ultrapassou na noite de quarta-feira.

Falta contar menos de 1% dos votos. O CNE agora está revisando todas as “atas com novidades” –  boletins eleitorais com inconsistências, como erros numéricos, falta de assinatura dos fiscais e outros – que não seriam considerados caso a disputa não estivesse tão apertada. No Twitter, o CNE compartilhou a entrevista com a presidente do conselho, Diana Atamaint, que enfatizou estarem “trabalhando em conformidade com a vontade do povo equatoriano”.

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“Estamos cumprindo com a lei e revisando voto a voto cada uma das ‘atas com novidades’, em presença dos delegados das organizações políticas e observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos (OEA)”, informou a presidente.

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