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EUA rejeitam processo de herdeiros judeus sobre venda de artefatos medievais

9 de fevereiro de 2021, às 09h53

Visitante contempla um relicário do chamado Tesouro de Guelfo, no Museu de Artes Decorativas de Berlim, Alemanha, 24 de fevereiro de 2015 [Tobias Schwarz/AFP via Getty Images]

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou uma queixa registrada por herdeiros de comerciantes judeus que alegavam que suas famílias foram forçadas pelos nazistas a vender o chamado Tesouro de Guelfo, na década de 1930, reportou a rede Artnet.

O Tesouro de Guelfo é uma coleção de objetos sacros medievais avaliada atualmente em mais de US$250 milhões.

Em decisão unânime, a corte determinou que os requerentes não poderiam assegurar o retorno dos 42 artefatos de prata via sistema legal dos Estados Unidos, devido à falta de jurisdição.

Os herdeiros processaram a Alemanha por restituição, ao argumentar que a transação esteve entre as muitas vendas de arte forçadas à população judaica pelo regime nazista.

A coleção é mantida hoje pelo Patrimônio Cultural da Prússia, que administra os museus públicos de Berlim, e está exposta no Museu de Artes Decorativas da capital alemã.

A queixa dos herdeiros foi registrada há doze anos. A Alemanha rejeitou as alegações e reiterou tratar-se de assunto interno, sobre o qual os Estados Unidos não têm jurisdição.

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