Israelense acusado de chefiar rede de narcotráfico foi deportado da Colômbia

Israel Sali Brami (à esquerda), cidadão estrangeiro solicitado pela justiça israelense por crimes de tráfico de drogas [Foto: Migração Colômbia]

A migração colombiana anunciou no fim de janeiro, 27, a deportação de Israel Sali Brami, um suposto chefe de uma rede internacional de tráfico de drogas associado ao “Demônio da Taganga”, cafetão israelense que traficava e explorava menores de idade.

Sali Brami é acusado pelas autoridades israelenses de pertencer a uma rede de tráfico de drogas entre Israel e Colômbia. Ele, aparentemente, é quem assumiu o controle da rede que era chefiada pelo Assi Ben-Mosh, o “Demônio de Taganga”, que foi deportado da Colômbia em 2017 e de Portugal em 2019.

Brami estava na Colômbia ilegalmente desde 2018 e “foi localizado por funcionários de migração da Região Andina em um hotel de prestígio na cidade de Melgar, graças a um alerta lançado pelos sistemas de informação com os quais a autoridade de migração colombiana tem”, segundo a declaração oficial da entidade. De Melgar, as autoridades o transferiram para Bogotá, onde verificaram que ele era procurado pelas autoridades israelenses por pertencer a mesma rede de narcotráfico de Ben-Mosh e Golan Bem Baruch, deportado da Colômbia em 2018. Sali Brami foi expulso do país por afetar a segurança nacional e não poderá retornar por 10 anos.

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Brami seria o atual chefe da rede que começou quando Assi Ben-Mosh se estabeleceu na Taganga, Magdalena, em 2007 e junto a ex-militares israelenses, comprou propriedades para bares, restaurantes e albergues. Esses eram fachadas para o tráfico de drogas entre os dois países, prostituição infantil e turismo sexual. O luxuoso o luxuoso Benjamin Hotel foi transformado em um local que explorou sexualmente mais de 250 meninas menores de idade.  O clube foi replicado também em Santa Marta e Cartagena.  A rede pode ter se estendido também para o Equador, México e Brasil. Mosh teve o mandato de detenção internacional decretado em julho de 2018, procurado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual.

A ordem veio depois que três israelenses e outras 15 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em tráfico sexual na cidade turística de Cartagena.

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