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Israelense que comandava a rede de prostituição infantil na Colômbia preso em Portugal

Foto de passaporte de Assi Moosh, ex-soldado israelense [Elheraldo]

Um ex-soldado israelense procurado na Colômbia por comandar uma rede de prostituição infantil e crimes de tráfico sexual foi preso em Portugal.

Assi Ben-Mosh, de 45 anos, também conhecido como Assi Moosh, foi preso perto da capital portuguesa, Lisboa, na quarta-feira, durante uma operação da polícia espanhola Guardia Civil. Um comunicado da corporação divulgou que Ben-Mosh teria se escondido na ilha espanhola de Ibiza, depois em Barcelona, antes de eventualmente ser preso em Portugal nesta semana. Acrescentou que Ben-Mosh estava usando uma identidade israelense falsa, informou o Times of Israel.

Ben-Mosh é procurado pelas autoridades colombianas por administrar uma rede de prostituição infantil na pequena vila de pescadores de Taganga, localizada na costa caribenha do país sul-americano. Junto com um grupo de ex-soldados israelenses, ele teria transformado o luxuoso Benjamin Hostel em uma “toca de sexo e drogas”, na qual mais de 250 meninas menores de idade foram submetidas à exploração sexual.

O Benjamin Hostel tornou-se conhecido pela população local como “pequena Israel” e serviu de base a partir da qual Ben-Mosh dirigiu clubes semelhantes de exploração de crianças em Cartagena, Medellín e Bogotá, capital colombiana. Acredita-se também que seu império tenha se estendido ao Equador, México e Brasil.

Em novembro de 2017, Ben-Mosh foi deportado da Colômbia, depois que as autoridades o rotularam como uma ameaça à ordem pública e à segurança do Estado. Na época, fontes locais informaram que ele foi preso depois de chegar ao escritório de imigração, na vizinha Santa Marta, acompanhado por um grupo de homens armados. Acredita-se que ele estivesse tentando obter a cidadania colombiana.

De acordo com a polícia nacional da Colômbia, Ben-Mosh havia levantado suspeitas quando descobriu-se que suas permissões para turismo e operação hoteleira eram obtidas por meio de terceiros, permitindo que ele realizasse atividades criminosas sem ser detectado por uma década. Ele foi devolvido a Tel Aviv sob escolta por oficiais de imigração.

No entanto, em julho de 2018, as autoridades colombianas pediram à Interpol que prendesse Ben-Mosh, acreditando que ele continuava a administrar suas operações ilícitas de longe, apesar de sua deportação. O mandado de detenção internacional indicava que Ben-Mosh era procurado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual.

A ordem veio depois que três israelenses e outros 15 foram presos por suspeita de envolvimento em tráfico sexual na cidade turística de Cartagena. Eles foram presos no Benjamin Hostel, outro estabelecimento de mesmo nome que o de Ben-Mosh em Taganga.

Ainda não está claro se Ben-Mosh será extraditado para a Colômbia após sua prisão.

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