A Arábia Saudita comutou as sentenças de morte de três jovens xiitas para dez anos de prisão, após uma longa revisão realizada pelas autoridades. A Comissão de Direitos Humanos (HRC) do Reino, apoiada pelo Estado, fez o anúncio no domingo (7).
Os três homens envolvidos são Ali Al-Nimr, Dawoud Al-Marhoon e Abdullah Al-Zaher, que foram condenados à morte em 2016 por participarem de protestos antigovernamentais. Eles eram todos legalmente menores no momento de suas prisões, com Al-Nimr e Al-Marhoon, ambos com 17 em 2012, e Al-Zaher, com apenas 15 quando foi preso em 2011.
MBS e a verdade sobre Khashoggi.[Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]
Como os três presos já passaram mais de nove anos na prisão e seu tempo cumprido será aplicado de acordo com a decisão, o HRC disse à agência de notícias britânica Reuters que eles serão libertados no próximo ano.
Embora a Arábia Saudita tenha sido relatada no ano passado por ter executado um número recorde de 800 pessoas nos últimos cinco anos do reinado do rei Salman e 185 somente em 2019, o número de execuções realizadas reduziu drasticamente para apenas 27 em 2020.
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![Os manifestantes simulam um açoite em frente à embaixada saudita em Washington, DC, em 15 de janeiro de 2015. [Nicholas Kamm/AFP via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/02/GettyImages-461577952.jpg)