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Fatah rejeita proposta da corrente de Dahlan para concorrer nas eleições

Ex-Ministro de Segurança da Autoridade Palestina Mohammed Dahlan, em Paris, França, 1° de novembro de 2004 [Thomas Coex/AFP/Getty Images]
Ex-Ministro de Segurança da Autoridade Palestina Mohammed Dahlan, em Paris, França, 1° de novembro de 2004 [Thomas Coex/AFP/Getty Images]

O Fatah, principal partido da Autoridade Palestina, rejeitou a proposta da Corrente de Reforma Democrática, liderada pelo renegado político Mohammad Dahlan, para concorrer nas próximas eleições palestinas com uma lista conjunta, reportou ontem o jornal The New Khaleej.

Um dia após a emissão do decreto presidencial, convocando eleições gerais nos territórios palestinos, Sufyan Abu-Zaydeh, figura de liderança do grupo de Dahlan, anunciou no Facebook que o partido pretendia concorrer com uma lista unificada com o Fatah.

Entretanto, o Fatah recusou a proposta e a corrente terá de concorrer por si só.

Majed Al-Fityani, secretário do Conselho Revolucionário do Fatah, destacou à rede Al Monitor que a Corrente de Reforma Democrática não possui qualquer vínculo com o Fatah. “Seus membros são a razão para todas as crises internas do movimento”, argumentou.

LEIA: Rival de Abbas, Dahlan ‘envia dinheiro para a Cisjordânia e Gaza antes das eleições’

Al-Fityani reiterou ainda que todos os cidadãos palestinos têm o direito de lançar candidatura, desde que cumpram as leis.

Em 2011, Mohammad Dahlan foi expulso do corpo administrativo do Fatah, sob alegações de conspirar para depor o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas. Desde 2012, vive em exílio nos Emirados Árabes Unidos.

Dahlan foi chefe da Força de Segurança Preventiva do Fatah, que atuava na Faixa de Gaza.

Em dezembro de 2019, a Turquia adicionou Dahlan à sua lista de terroristas mais procurados, com recompensa de US$1.7 milhões por sua cabeça.

Dahlan é acusado de envolvimento na tentativa de golpe militar contra o Presidente Recep Tayyip Erdogan, em 15 de julho de 2016, ao supostamente cooperar com seguidores do clérigo turco Fethullah Gulen, que permanece nos Estados Unidos.

LEIA: Dahlan prepara volta à Palestina para disputar a presidência

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