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Normalização com Israel não está na agenda, reitera Tunísia

Protesto contra acordos de normalização entre estados árabes e Israel, em Túnis, capital da Tunísia, 18 de agosto de 2020 [Fethi Belaid/AFP/Getty Images]
Protesto contra acordos de normalização entre estados árabes e Israel, em Túnis, capital da Tunísia, 18 de agosto de 2020 [Fethi Belaid/AFP/Getty Images]

O governo tunisiano não tem planos de acompanhar a decisão do Marrocos em normalizar laços com Israel, reiterou o Primeiro-Ministro da Tunísia Hichem Mechichi à rede France 24, na última segunda-feira (14).

“Para a Tunísia, a questão não está na agenda”, asseverou Mechichi.

O acordo israelo-marroquino representa o quarto pacto de normalização mediado pelos Estados Unidos, desde agosto, após Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão.

Como parte do acordo com Rabat, o presidente americano Donald Trump concordou em reconhecer a soberania do Marrocos sobre o Saara Ocidental, território reivindicado pelo povo saaraui e disputado há décadas com a Frente Polisario, ligada à Argélia.

“Respeitamos a escolha do Marrocos”, declarou Mechichi. “O Marrocos é um país irmão que amamos muito, mas a questão não está na agenda da Tunísia”.

O premiê relatou ainda que não foi abordado pelo governo Trump sobre qualquer proposta.

Prosseguiu: “Cada país tem sua própria realidade, sua própria verdade e sua própria diplomacia, que considera melhor para o seu povo”.

LEIA: ‘Chaos forces want to dissolve parliament’, warns Tunisian legislative leader

Os palestinos repudiam todos os acordos de normalização, ao acusar os estados árabes de prejudicar a paz regional ao abandonar a demanda histórica para que Israel devolva terras ocupada a fim de instituir um estado palestino independente e autônomo.

Em agosto, o Presidente da Tunísia Kais Saied destacou a posição firme de seu país em apoio aos direitos do povo palestinos, apesar de não citar diretamente os acordos de normalização.

“Não intervimos nas escolhas de alguns países, tampouco as confrontamos, e respeitamos a vontade dos estados, conforme de sua liberdade de escolha diante de seu próprio povo”, afirmou Saied, na ocasião.

“Contudo, também temos nossas posições que expressamos livremente, longe de emitir comunicados para denunciar esta ou aquela posição. Os direitos dos palestinos não serão perdidos enquanto houver um povo livre”, concluiu.

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