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Jornalista italiano devolve prêmio depois que a França deu a mesma honraria a Sisi

Jornalista e escritor italiano Corrado Augias na frente da Embaixada da França em Roma ao chegar para devolver sua medalha daLégion d'Honneur ao embaixador da França, em protesto à concedida ao presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi em 14 de dezembro de 2020 [Fabio Frustaci/ ANSA/ AFP via Getty Images]
Jornalista e escritor italiano Corrado Augias na frente da Embaixada da França em Roma ao chegar para devolver sua medalha daLégion d'Honneur ao embaixador da França, em protesto à concedida ao presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi em 14 de dezembro de 2020 [Fabio Frustaci/ ANSA/ AFP via Getty Images]

O escritor e jornalista italiano Corrado Augias devolveu sua medalha Légion d’Honneur em protesto contra a decisão francesa de dar ao presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi o mesmo prêmio durante sua recente visita a Paris. A Légion d’Honneur é a decoração mais alta da França.

Augias foi à Embaixada da França em Roma na segunda-feira de manhã e exibiu sua medalha à mídia antes de devolvê-la ao embaixador Christian Masset. Ele disse a jornalistas mais tarde que teve uma conversa “amarga e sincera” com o francês.

“O embaixador entendeu o motivo da devolução da medalha, mas discordou da minha decisão”, explicou Augias. “Ele disse que a França sempre estará na linha de frente dos defensores dos direitos humanos.”

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O jornalista anunciou sua decisão no domingo em um artigo no jornal italiano La Repubblica. Ele criticou a decisão do presidente francês Emmanuel Macron de conceder a medalha a Al-Sisi, referindo-se em particular ao assassinato do pesquisador italiano Giulio Regeni no Egito.

O jovem graduado da Universidade de Cambridge, de 26 anos, estava conduzindo uma pesquisa de doutorado no Cairo antes de desaparecer em circunstâncias inexplicáveis ​​no início de 2016. Nove dias depois, seu corpo foi encontrado coberto com evidências de tortura. O assassinato de Regeni levou a uma crise diplomática entre Roma e Cairo, que não foi resolvida até agora.

O regime de Sisi enfrenta críticas internacionais por restringir as liberdades e prender dissidentes políticos, enquanto o Cairo repete que respeita a lei e os direitos humanos.

LEIA: Macron, Sisi e a luta por direitos humanos no mundo árabe

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