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Para alavancar normalização, Israel pressiona Estados Unidos a anistiar o Sudão

Protesto contra o acordo de normalização entre Israel e Sudão, na capital sudanesa Cartum, em 25 de setembro de 2020 [Abbas M. Idris/Agência Anadolu]
Protesto contra o acordo de normalização entre Israel e Sudão, na capital sudanesa Cartum, em 25 de setembro de 2020 [Abbas M. Idris/Agência Anadolu]

Israel passou a conduzir lobby intensivo para mobilizar senadores e congressistas dos Estados Unidos a aprovar um projeto de lei que impediria o Sudão de tornar-se alvo de futuros processos registrados por vítimas de terrorismo, reportou ontem (8) o site de notícias Axios.

Os esforços são parte das ações israelenses para cumprir as demandas sudanesas, antes da assinatura de um acordo de normalização entre ambos os países.

Segundo as informações, oficiais israelenses receiam que, caso a lei de anistia não seja aprovada, Cartum revogue a decisão de normalizar laços com Tel Aviv, o que potencialmente pode interromper a atual onda de normalização com os estados árabes.

O prazo para aprovação do projeto de lei é 14 de dezembro.

“Israel obviamente tem interesse próprio em ajudar a solucionar os problemas do Sudão em Washington. Isso pode encorajar outros países a também normalizar relações”, declarou um oficial israelense, em condição de anonimato.

Após o anúncio do acordo de normalização com o Sudão, familiares de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 passaram a reivindicar que se preservasse seu direito de processar o governo sudanês por suposta assistência ao grupo terrorista Al Qaeda.

Durante visita de uma delegação israelense a Cartum, o chefe do Conselho Soberano do Sudão, general Abdel Fattah al-Burhan, levantou a questão da anistia e exortou o atual presidente americano Donald Trump e aliados sionistas a trabalhar com o Congresso dos Estados Unidos para solucionar o problema.

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