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Hezbollah nega culpa pela explosão em Beirute e promete processar a imprensa

Vista aérea registra fumaça preta, após incêndio na Zona Livre do porto de Beirute, na capital libanesa, em 10 de setembro de 2020 [Haytham Al Achkar/Getty Images]
Vista aérea registra fumaça preta, após incêndio na Zona Livre do porto de Beirute, na capital libanesa, em 10 de setembro de 2020 [Haytham Al Achkar/Getty Images]

Na sexta-feira (4), o Hezbollah libanês anunciou que pretende processar todos aqueles que o acusarem de responsabilidade pela enorme explosão no porto de Beirute, há quatro meses atrás, segundo informações de diversas agências de notícias.

Durante coletiva de imprensa realizada em frente ao Palácio da Justiça, na capital libanesa, Ibrahim Mousawi, parlamentar do Hezbollah, declarou: “Há sites de notícias que logo acusaram o Hezbollah de ser culpado pela explosão no porto … As alegações são falsas e infundadas”

Mousawi afirmou ainda que há um “coro organizado” com o objetivo de difamar o Hezbollah e descreveu as alegações midiáticas como “baixas e indecentes”.

A enorme explosão de 4 de agosto foi causada pela combustão de quase 3.000 toneladas de nitrato de amônio, material usado como fertilizante, armazenado inadequadamente em um depósito situado na zona portuária por seis anos. O governo é acusado de negligência.

O desastre resultou em mais de 200 mortos e 6.000 feridos, além de dano extensivo a diversos bairros de Beirute.

A rede Associated Press (AP) reportou que alguns oponentes políticos do Hezbollah acusam o grupo xiita, ligado ao Irã, de armazenar materiais explosivos no porto.

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O Hezbollah foi o único grupo que pôde manter suas armas após o fim da guerra civil do Líbano, em 1990. Acredita-se que seu braço armado ainda mantenha grandes depósitos de munição espalhados por todo o país.

 

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