clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Irã vota a favor de aumentar enriquecimento de urânio

30 de novembro de 2020, às 09h56

Presidente do Irã Hassan Rouhani visita uma exibição de tecnologia nuclear iraniana, diante de centrífugas utilizadas para refinar urânio e outros material, em 9 de abril de 2019 [Presidência do Irã]

O Parlamento do Irã aprovou ontem (29) uma nova lei que requer ao governo que aumente sua cota anual de enriquecimento de urânio em 20% e suspenda as inspeções internacionais sobre as instalações nucleares do país.

O voto favorável ocorre logo após o assassinato de Mohsen Fakhrizadeh, cientista considerado liderança do programa nuclear iraniano, na sexta-feira (27).

Conhecida como Ato Estratégico para Revogação de Sanções, a nova lei força a Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI) a produzir e armazenar ao menos 120 kg de urânio enriquecido com 20% de pureza, na usina de Fordow, anualmente.

Determina ainda que tais reservas preencham as demandas industriais iranianas com urânio enriquecido acima de 20%.

A lei ainda tem de ser aprovada pelo Conselho Guardião do Irã, espécie de supremo tribunal constitucional.

Nenhum grupo ou agente estrangeiro assumiu a responsabilidade pelo assassinato de Fakhrizadeh até então.

Contudo, segundo o jornal The New York Times, oficiais de inteligência dos Estados Unidos relataram que Israel “é responsável pelo ataque contra o cientista”, ao observar que Fakhrizadeh era alvo do Mossad, serviço secreto israelense, há anos.

LEIA: Maior cientista nuclear do Irã viveu nas sombras, mas seu trabalho tornou-se notório