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Bahrein deve abrir consulado no Saara Ocidental, afirma Marrocos

Rei do Bahrein Hamad bin Isa Al Khalifa participa da sessão de encerramento da 37ª Cúpula de Líderes do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), em Manama, capital do Bahrein, 7 de dezembro de 2016 [Stringer/Agência Anadolu]
Rei do Bahrein Hamad bin Isa Al Khalifa participa da sessão de encerramento da 37ª Cúpula de Líderes do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), em Manama, capital do Bahrein, 7 de dezembro de 2016 [Stringer/Agência Anadolu]

O Bahrein abrirá um consulado no Saara Ocidental, região controlada pelo Marrocos, afirmaram oficiais do palácio real marroquino.

O país do Golfo junta-se assim a outros estados árabes que apoiam a reivindicação de Rabat sobre o território disputado, após o movimento de independência Frente Polisário anunciar a retomada da luta armada.

As informações são da agência Reuters.

O consulado será instalado em Laayoune, maior cidade do Saara Ocidental. A decisão foi tomada após telefonema entre o Rei do Marrocos Mohammed VI e o Rei do Bahrein Hamad bin Isa Al Khalifa.

A Frente Polisário, apoiada pela Argélia, busca a autodeterminação do povo saarauí e independência da vasta região desértica, mantida pelo Marrocos desde a retirada da Espanha, em 1975. Rabat considera o território como parte de suas províncias do sul.

LEIA: Marrocos afirma que avanço no Saara não representa ‘ação militar’

Os Emirados Árabes Unidos foram o primeiro país árabe a abrir uma missão diplomática em Laayoune, neste mês. O próximo país a fazê-lo deverá ser a Jordânia, segundo informações do governo marroquino.

O Haiti será o primeiro estado não-árabe e não-africano a abrir um consulado em Dakhla, no sul do Saara Ocidental, alegou o Ministério de Relações Exteriores do Marrocos, em sua página do Twitter.

Dezesseis estados africanos abriram consulados no Saara Ocidental, à medida que Rabat reúne apoio para manter sua posição sobre o conflito, após filiar-se à União Africana, em 2017.

Em 13 de novembro, a Frente Polisário anunciou o fim de um cessar-fogo mediado pela ONU e retomada da resistência armada, após avanço militar marroquino, justificado pela abertura de uma estrada bloqueada por três semanas por apoiadores do movimento saarauí.

O governo marroquino alega que o máximo que pode ceder a uma eventual solução política é a autonomia regional. A Frente Polisário e Argélia rejeitam a proposta e reiteram apelos pela realização de um referendo, no qual a independência seja uma das alternativas.

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