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Marrocos afirma que avanço no Saara não representa ‘ação militar’

Primeiro-Ministro do Marrocos Saad-Eddine El Othmani, em Paris, França, 19 de dezembro de 2019 [Bertrand Guay/AFP/Getty Images]
Primeiro-Ministro do Marrocos Saad-Eddine El Othmani, em Paris, França, 19 de dezembro de 2019 [Bertrand Guay/AFP/Getty Images]

O Primeiro-Ministro do Marrocos Saad-Eddine El Othmani afirmou que a interferência de seu país na zona neutra de Guerguerat, no território disputado do Saara Ocidental, não representa “ação militar direta, mas sim um ato pacífico”, a fim de reabrir estradas à vizinha Mauritânia.

As informações são da agência Anadolu.

“A Frente Polisário repetidamente bloqueou a via e, portanto, violou o cessar-fogo”, alegou El Othmani durante reunião de seu gabinete de governo, neste domingo (22).

Em 14 de novembro, o Marrocos lançou uma operação para restaurar a livre circulação de civis e o tráfego comercial na região.

A Frente Polisário, movimento político em favor da autodeterminação do povo sarauí, denunciou que o Marrocos violou o cessar-fogo, portanto, encerrando o compromisso com o acordo de paz mediado pela ONU, assinado em 1991, após 16 anos de guerra.

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Ambos os lados reivindicam soberania sobre Guerguerat, desde o fim da ocupação espanhola, em 1975. A região foi declarada zona desmilitarizada após a trégua.

O Marrocos considera a área, rica em recursos naturais, como parte integral de seu território. A Frente Polisário, contudo, insiste na realização de um referendo sobre a independência. O plebiscito planejado, entretanto, foi reiteradamente postergado, ao longo dos anos.

O premiê marroquino alegou que seu governo conduziu “todos os esforços diplomáticos possíveis para solucionar o problema e apelou à ONU para intervir, considerando que esta estrada é internacional e não somente uma via entre Marrocos e Mauritânia”.

Segundo El Othmani, uma intervenção técnica foi feita para remover bloqueios na rodovia, instalados por milícias que desejam obstruir a passagem através da fronteira.

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