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Libanês procurado por tráfico de drogas é preso no Brasil

Forças de segurança no Rio de Janeiro, Brasil, 7 de junho de 2020 [André Coelho/Getty Images]
Forças de segurança no Rio de Janeiro, Brasil, 7 de junho de 2020 [André Coelho/Getty Images]

Um homem libanês-brasileiro foi preso na cidade de São Paulo, na segunda-feira (23), sob acusações de tráfico de drogas, reportou a rede New Arab.

Assad Khalil Kiwan foi detido pela Polícia Federal como parte de uma operação global contra o comércio ilegal de drogas e redes de lavagem de dinheiro, que espalham-se da América do Sul aos Emirados Árabes Unidos.

Kiwan, cidadãos naturalizado brasileiro, nativo do Líbano, é suspeito de pertencer a uma organização que utiliza portos no Brasil para exportar drogas à Europa, em particular, cocaína.

O libanês-palestino tornou-se um dos principais alvos da operação, que envolveu incursões em cidades por todo Brasil. A chamada Operação Enterprise emitiu 66 mandados de prisão e 149 mandados de busca e apreensão por todo o território nacional.

Outros oito mandados de prisão também foram emitidos na Espanha, Colômbia, Portugal e Emirados Árabes Unidos.

Mais de US$400 milhões em recursos, incluindo 50 toneladas de cocaína, foram confiscados como parte da operação, relatou a Globo News.

Segundo a reportagem, o tráfico de drogas no Brasil envolve “diversas pessoas … e empresas de fachada, com o objetivo de conceder uma imagem de legitimidade aos lucros do tráfico”.

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A investigação que levou à Operação Enterprise começou há dois anos, após 776 kg de cocaína serem descobertos e confiscados em rota ao porto da Antuérpia, Bélgica.

A recente prisão de Kiwan também abrange crime de “duplo homicídio e tentativa de assassinato”, contra o ex-senador paraguaio Roberto Acebedo, veemente adversário do tráfico de drogas, em 2010.

Segundo os relatos, Kiwan baleou e matou dois guardas da segurança de Acevedo, mas não conseguiu assassinar o ex-senador, atingido por duas balas. Em seguida, o cidadão libanês-brasileiro foi deportado do Paraguai.

Kiwan também era procurado por tráfico de drogas no Líbano. A polícia libanesa tenta repatriá-lo, desde 2012. O suspeito chegou a ser preso por delitos relacionados a drogas no país árabe, mas foi solto após o governo brasileiro recusar o pedido de extradição.

Oficiais brasileiros alegaram, na época, que o governo libanês não foi capaz de fornecer documentação adequada sobre detalhes dos crimes.

Kiwan é apoiador enfático do Movimento Livre Patriota do Líbano (MLP), fundado pelo atual Presidente Michel Aoun. O cidadão libanês-brasileiro também é notório associado de Gebran Bassil, líder do MLP e genro de Aoun.

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