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Oficial da Casa Branca foi à Síria para reaver americanos detidos

Logotipo da Casa Branca em Washington DC, Estados Unidos, 15 de maio de 2019 [Yasin Özturk/Agência Anadolu]
Logotipo da Casa Branca em Washington DC, Estados Unidos, 15 de maio de 2019 [Yasin Özturk/Agência Anadolu]

Um oficial da Casa Branca viajou a Damasco, capital da Síria, neste ano, para conduzir reuniões secretas com o governo sírio de Bashar al-Assad, a fim de obter a soltura de ao menos dois cidadãos americanos supostamente mantidos no país, reportou neste domingo (18) um funcionário do governo dos Estados Unidos de Donald Trump.

As informações são da agência Reuters.

O funcionário, em condição de anonimato, identificou o oficial que viajou à Síria como Kash Patel, assessor adjunto do Presidente Trump e principal encarregado da Casa Branca para questões de contraterrorismo.

“É emblemático como o Presidente Trump tornou o retorno dos americanos detidos no exterior um assunto de grande prioridade”, declarou a fonte, confirmando relato do Wall Street Journal.

A Casa Branca e o Departamento de Estado não comentaram imediatamente sobre o caso.

A reportagem do Wall Street Journal cita oficiais da gestão Trump e outros familiarizados com as negociações e descreve a viagem de Patel como a primeira vez que um oficial de alto perfil dos Estados Unidos participa de reunião com o governo de Assad, em mais de uma década.

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A Síria entrou em guerra civil em 2011, após Assad reprimir violentamente protestos por democracia.

Segundo as informações, oficiais da Casa Branca esperavam que um acordo com Assad resultasse na soltura de Austin Tice, jornalista independente e ex-oficial da marinha, desaparecido na Síria em 2012, e Majd Kamalmaz, terapeuta sírio-americano que desapareceu em um posto de controle do regime de Assad, em 2017.

Acredita-se que ao menos outros quatro cidadãos americanos estejam detidos pelo governo sírio, mas pouco sabe-se de cada caso.

Em março, de acordo com o Wall Street Journal, Trump escreveu uma carta particular a Assad, propondo “diálogo direto” sobre Tice.

Além disso, segundo relatos, o chefe de segurança do Líbano, Abbas Ibrahim, reuniu-se na semana passada com Robert O’Brien, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, entre outros oficiais, para debater a questão dos americanos detidos na Síria.

Entretanto, o diálogo com a Síria não avançou muito até então, reportou o jornal, ao destacar que Damasco exige reiteradamente que Washington retire todas as suas forças do país árabe antes de instituir qualquer negociação.

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