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Ativista saudita é indicada ao Prêmio Nobel da Paz

Ativista saudita Loujain al-Hathloul, presa pelas autoridades da monarquia, em 2018 [Prisoners of Conscience/Twitter]
Ativista saudita Loujain al-Hathloul, presa pelas autoridades da monarquia, em 2018 [Prisoners of Conscience/Twitter]

O grupo de direitos humanos Prisoners of Conscience, que monitora relatos e notícias sobre prisioneiros políticos na Arábia Saudita, anunciou ontem (5) a indicação de Loujain al-Hathloul ao Prêmio Nobel da Paz. A ativista saudita está detida no reino há dois anos.

O Prisoners of Conscience destacou que as irmãs de Al-Hathloul, Alia e Lina, recentemente receberam o Prêmio da Liberdade de um comitê de direitos internacionais, na França, em nome da ativista saudita, “em apreciação a seus esforços de direitos humanos”.

Segundo o site do Prêmio Nobel, os vencedores deste ano serão anunciados entre 5 e 12 de outubro. Há 318 indicados para o Prêmio Nobel da Paz – 211 indivíduos e 107 organizações –, quarto maior número na história da premiação. Em 2016, foram registradas 376 indicações.

Al-Hathloul (29) foi detida em maio de 2018, em repressão sem precedentes contra ativistas dos direitos das mulheres.

Segundo relatos, Saud al-Qahtani, assessor próximo de Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, supervisionou o interrogatório, responsável por aplicar técnicas de afogamento e ameaças de estupro e morte contra a ativista.

O governo saudita enfrenta críticas internacionais sobre a falta de liberdade de expressão e direitos humanos, mas reitera suposto compromisso a “implementar a lei com transparência”. Críticos, porém, destacam que a lei é injusta por definição; o compromisso, portanto, é nulo.

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