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Ministros árabes e europeus pedem à Palestina e a Israel que retomem negociações de paz

Manifestantes se reúne em frente ao Escritório de Representação da Alemanha para realizar um protesto exigindo a libertação do Coordenador Palestino do Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) Mahmoud Nawajaa, detido em Israel, em Ramallah, Cisjordânia em 11 de agosto de 2020. (İssam Rimawi - Agência Anadolu)
Manifestantes se reúne em frente ao Escritório de Representação da Alemanha para realizar um protesto exigindo a libertação do Coordenador Palestino do Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) Mahmoud Nawajaa, detido em Israel, em Ramallah, Cisjordânia em 11 de agosto de 2020. (İssam Rimawi - Agência Anadolu)

Os ministros das Relações Exteriores da Jordânia, Egito, França e Alemanha pediram na quinta-feira o fim do conflito entre Israel e Palestina que as negociações de paz sejam retomadas.

Uma conferência de imprensa foi realizada após reunião dos ministros com o representante da União Europeia (UE) para discutir o processo de paz no Oriente Médio, transmitida pela televisão nacional.

A reunião enfatizou a necessidade de encerrar o conflito israelense-palestino e retomar as negociações entre as duas partes.

O ministro  da Jordânia, Ayman Safadi, expressou as preocupações de seu país sobre o que chamou de “o impasse nas negociações israelense-palestinas”.

Já, o ministro do Egito, Sameh Shoukry, enfatizou a importância de se chegar a um acordo de paz abrangente, considerando que os recentes acordos de normalização com Israel “contribuirão para alcançar uma paz sustentável na região”.

O ministro francês, Jean-Yves Le Drian, exortou Israel a cancelar o plano de anexação na Cisjordânia, destacando que a estabilidade na região deve ser alcançada por meio da solução de dois Estados.

LEIA: Laços entre estados árabes e Israel levarão paz aos palestinos, alega Tony Blair

O ministro da Alemanha, Heiko Maas, que participou da reunião online, comunicou que os recentes acordos de normalização com Israel – referindo-se aos Emirados Árabes Unidos e Bahrein – mostraram que alcançar a paz na região ainda é possível.

Em 15 de setembro, os Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram dois acordos de normalização com Israel na Casa Branca sob os auspícios dos Estados Unidos, ignorando a onda de protestos populares e a indignação palestina com esse movimento.

Desde abril de 2014, as negociações entre os dois lados foram paralisadas devido à recusa de Tel Aviv em interromper a construção de assentamentos e libertar os detidos palestinos, além de rejeitar a solução de dois Estados.

O chamado acordo do século patrocinado pelos Estados Unidos,  anunciado em janeiro passado, incluía um plano para anexar cerca de 30 por cento das terras na Cisjordânia e no Vale do Jordão sob “total soberania israelense”, em vez de seu status atual como terra árabe ocupada por Israel desde 1967.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pretendia implementar o plano de anexação em julho. No entanto, reações generalizadas, críticas e alertas sobre o risco de instabilidade na região forçaram seu adiamento temporario.

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