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Emirados Árabes Unidos estabelecerão embaixada em Tel Aviv

Bandeiras de Israel e Emirados Árabes Unidos alinhada em uma estrada na cidade de Netanya, na costa israelense, em 16 de agosto de 2020 [Jack Guez/AFP/Getty Images]
Bandeiras de Israel e Emirados Árabes Unidos alinhada em uma estrada na cidade de Netanya, na costa israelense, em 16 de agosto de 2020 [Jack Guez/AFP/Getty Images]

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) estabelecerão uma embaixada em Tel Aviv, confirmou nesta quinta-feira (20) o Ministro de Estado para Relações Exteriores Anwar Gargash, em videoconferência com o think-tank Atlantic Council, com sede nos Estados Unidos.As informações são da agência Anadolu.

O acordo de normalização de relações diplomáticas entre Emirados Árabes Unidos e Israel foi anunciado por Washington, na última semana.

Gargash afirmou que, quando assinado o pacto, “Abu Dhabi terá sua embaixada em Tel Aviv, conforme consenso internacional da solução de dois estados”. Porém, destacou o ministro emiradense: “A embaixada será em Tel Aviv. Está bastante claro”.

Questionado sobre as conquistas do acordo, alegou: “A conquista mais concreta é interromper a anexação de terras palestinas”.

O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, entretanto, afirmou ter consentido com a postergação do plano de anexação da Cisjordânia ocupada, conforme parte do acordo de normalização, mas que o projeto permanece “sobre a mesa”.

O pacto possui ganhos de longo prazo, segundo Gargash, e “certamente, criará oportunidades” para ambos os países. “Nossa economia é maior que a de Israel. Israel tem grandes oportunidades aqui”, argumentou.

Observadores alegam que o acordo prepara o caminho para a aquisição emiradense de jatos de combate F-35, fabricados pelos Estados Unidos.

“Nosso primeiro pedido foi há seis anos. É algo que aconteceu conforme negociação. Nosso pedido legal ainda está na mesa”, declarou Gargash. Em seguida, asseverou, contudo, que os pedidos por itens militares não têm qualquer relação com o pacto israelense.

LEIA: Reconhecer Israel abre novas portas no Golfo, mas matará o sonho de uma Jerusalém árabe

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