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Israel impede mães palestinas de viajarem com seus bebês recém-nascidos

Bebê palestino é visto enquanto pessoas aguardam na fronteira de Rafah, após autoridades do Egito reabrirem provisoriamente a travessia, em Rafah, Gaza, 31 de janeiro de 2017 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]
Bebê palestino é visto enquanto pessoas aguardam na fronteira de Rafah, após autoridades do Egito reabrirem provisoriamente a travessia, em Rafah, Gaza, 31 de janeiro de 2017 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

Autoridades israelenses impediram duas mulheres palestinas de atravessar a fronteira entre a Cisjordânia ocupada e a Jordânia, sob pretexto de que seus bebês recém-nascidos não foram registrados no estado sionista, reportou a agência de notícias Wafa.

Apesar do devido registro das crianças, com documentação emitida pelo Ministério do Interior da Autoridade Palestina, Israel negou aos bebês e suas mães permissão para atravessarem a chamada ponte de Allenby, em direção ao território jordaniano.

Muitos palestinos recentemente tiveram viagem negada à Jordânia, via fronteira controlada pela ocupação israelense. A ponte conecta a Cisjordânia com o reino hashemita e representa o único ponto designado de entrada e saída aos palestinos residentes na Cisjordânia ocupada.

As mulheres tentavam viajar à Jordânia para se reunirem com seus maridos, que trabalham nos Emirados Árabes Unidos, após os bebês nascerem em terras palestinas.

O Ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina Ahmad al-Dik condenou as ações de Israel e garantiu que os bebês têm o direito de ficar com suas mães.

“Esta postura pelo estado da ocupação é uma violação das convenções de Genebra, que garantem a liberdade de movimento para os povos sob ocupação, em particular, dado o fato de que as duas mulheres carregam documentos válidos para si mesmas e para seus bebês, emitidos pelo Estado da Palestina”, reiterou al-Dik.

Grupos de direitos humanos destacaram que impedir palestinos de viajar por meio desta travessia é parte da deliberada pressão política imposta contra a população civil. Tais ações não possuem qualquer relação com questões de segurança válidas ou outras justificativas.

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