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Forças israelenses invadem aldeia palestina perto de Jerusalém

30 de junho de 2020, às 09h35

Tratores israelenses destroem um edifício de dois andares em Jerusalém Oriental, 22 de julho de 2019 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Forças da ocupação israelense invadiram hoje (29) a aldeia Beit Iksa, a noroeste de Jerusalém ocupada, para destruir terras pertencentes a uma família local palestina, reportou a agência de notícias Wafa.

Testemunhas relataram à Wafa que forças de Israel, acompanhadas por um trator, destruíram um lote de terra pertencente à família Hamayel.

Residentes descreveram como soldados posicionaram-se na área, fecharam os acessos à aldeia e transformaram telhados de casas em postos militares de vigilância, para então avançar contra a terra.

Forças da ocupação continuam a impor severas restrições sobre os cidadãos da aldeia. O acesso a Beit Iksa é possível apenas por meio de um checkpoint militar israelense.

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Ao longo dos anos, terras em torno da aldeia e lotes pertencentes a residentes palestinos foram expropriados para o estabelecimento do assentamento ilegal de Ramot, cujos colonos regularmente assediam os palestinos.

Entre 500.000 e 600.000 israelenses vivem em assentamentos ilegais exclusivamente judaicos espalhados por todo o território ilegal de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, em violação à lei internacional. Anúncios recentes de novos assentamentos provocaram repúdio generalizado da comunidade internacional.

A última invasão a uma aldeia palestina ocorre apenas dois dias antes do prazo previsto para o governo israelense iniciar a anexação do Vale do Jordão e assentamentos na Cisjordânia, em 1º de julho.

Estimativas palestinas indicam que o plano de anexação israelense deverá cobrir mais de 30% da Cisjordânia.

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