A Arábia Saudita deve divulgar imediatamente a situação da ativista detida Loujain Al-Hathloul, que não entra em contato com sua família há três semanas e não pode receber visitas há mais de dois meses, informou ontem o grupo de direitos dos Prisioneiros de Consciência.
A família de Al-Hathloul disse que não conseguiu entrar em contato com ela.
“Exigimos que as autoridades sauditas divulguem imediatamente a situação e o estado de saúde de Loujain Al-Hathloul, permitindo que ela se comunique com sua família e liberte-a imediatamente sem demora ou pré-condições”, acrescentaram os ativistas.
“A negação contínua do direito de comunicação da ativista é legalmente inaceitável, e não devemos esquecer que sua prisão também é inválida, e o crime de torturá-la brutalmente não será esquecido”, continuou o tweet.
https://twitter.com/m3takl/status/1267386496149082112?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1267386496149082112&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20200602-saudi-family-says-loujain-al-hathloul-has-been-silent-for-3-weeks%2F
No domingo, a irmã de Loujain, Lina, escreveu no Twitter: “Loujain não ligou esta semana. Esta é a 3ª semana consecutiva. As visitas são proibidas desde meados de março. Estou preocupada. O primeiro período em que ela ficou incomunicável foi quando estava sendo torturada.”
Não foi possível obter um comentário imediato das autoridades sauditas sobre essa denúncia, mas o Reino normalmente nega qualquer falha em cuidar dos detidos em suas prisões.
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Em 15 de maio de 2018, as autoridades sauditas prenderam vários ativistas de direitos humanos de destaque, entre os quais Loujain Al-Hathloul, Samar Badawi, Nassima Al-Sadah, Nouf Abdulaziz e Mayya Al-Zahrani.
Os relatos da época atribuíam as razões da prisão à defesa dos direitos das mulheres no Reino.
