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Arábia Saudita é pressionada a libertar príncipe preso e seu pai

Príncipe saudita Salman bin Abdulaziz Salman al Saud, 3 de junho de 2016 [Europa Europa/Youtube]
Príncipe saudita Salman bin Abdulaziz Salman al Saud, 3 de junho de 2016 [Europa Europa/Youtube]

A Arábia Saudita está enfrentando pressão internacional cada vez mais contundente para libertar o príncipe e filantropo saudita Salman bin Abdulaziz e seu pai, detidos por mais de dois anos, desde janeiro de 2018, anos sem qualquer julgamento.

A pressão internacional é liderada por uma campanha americana e petição no valor de US$2 milhões, submetida por parlamentares europeus ao regime saudita, em apelo pela libertação de ambos os presos.

O príncipe Salman, 37 anos, é conhecido por distanciar-se da política e concentrar-se em seu lugar em diversas vertentes de trabalho filantrópico, incluindo projetos de desenvolvimento em países pobres.

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Uma delegação do Parlamento Europeu visitou a Arábia Saudita em fevereiro último e convocou autoridades locais a libertar todos os prisioneiros pertencentes à família real, incluindo Salman, reportou a AFP.

Marc Tarabella, vice-presidente da delegação parlamentar para relações com a península árabe, exortou a Comissão Europeia a requisitar às mais altas autoridades sauditas maiores informações sobre o caso, ao emitir carta ao príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita Mohammed bin Salman; contudo, sem resposta.

“Permaneço confiante que a soltura teria um impacto positivo nas relações do Parlamento Europeu com Arábia Saudita”, escreveu Tarabella à Comissão Europeia.

Além disso, segundo a AFP, Robert Stryk, fundador do Grupo Político Sonoran, lobby americano, assinou em maio um contrato de US$2 milhões para advogar pela libertação do príncipe “junto de governos dos Estados Unidos, Reino Unido, França e União Europeia”.

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Um associado do príncipe descreveu que sua prisão representa “sequestro à luz do dia” e “desaparecimento forçado”.

O príncipe permaneceu quase um ano na prisão de segurança máxima Al-Ha’ir, perto da capital saudita Riad; posteriormente, foi transferido a uma casa de campo particular junto de seu pai. Segundo relatos, autoridades sauditas o removeram a  uma penitenciária secreta no último mês de março. Entretanto, na última semana, foi devolvido à casa de campo e reunido ao pai, sem qualquer explicação formal.

Segundo reportagem da rede de notícias AFP, seu retorno pode representar uma “tentativa de assinalar” que a pressão internacional por sua soltura está funcionando.

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