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Ex-chefe de inteligência saudita nega participação estrangeira na morte do rei Faisal

O ex-ministro da inteligência da Arábia Saudita, príncipe Turki al-Faisal bin Abdulziz al-Saud, participa da reunião de ministros das Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) na capital saudita Riad, em 30 de março de 2017. [FAaez Nureldine/ AFP/ Getty Images]

O ex-chefe da inteligência saudita disse que o assassinato do rei Faisal foi um ato de vingança individual sem o envolvimento de nenhuma agência estrangeira, informa a Agência Anadolu.

O rei Faisal foi morto a tiros pelo sobrinho. príncipe Faisal bin Musaid, em 25 de março de 1975, quando estavam em uma reunião com uma delegação do Kuwait em Riad, capital saudita.

Em entrevista ao canal saudita Rotana Khalijia, o príncipe Turki Al Faisal disse que foi encarregado pelo ex-rei Khalid de liderar a investigação sobre o assassinato.

Ele disse que “manteve contatos com todas as fontes disponíveis naquele momento, interna e externamente”.

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“A investigação que durou dois meses concluiu que o assassinato do rei Faisal foi um ato individual e nenhuma parte estrangeira tinha qualquer ligação com ele”, disse ele, conforme citado pela Saudi Gazette.

O ex-chefe de espionagem confirmou que o motivo por trás do assassinato envolvia “tanto as políticas pessoais quanto as do rei Faisal”.

Ele também disse que o rei Faisal havia conseguido convencer algumas figuras da oposição saudita que residiam fora a voltar ao reino.

Outras revelações

Falando sobre outra questão, ele disse que houve “cooperação saudita-americana-paquistanesa para apoiar os Mujahideen [combatentes] contra a invasão” da União Soviética no Afeganistão nos anos 80.

E também que houve uma oferta sudanesa de extraditar Osama bin Laden, ex-chefe do grupo terrorista da Al Qaeda.

“Em 1995, o ex-presidente sudanês Omar Bashir se ofereceu para entregar Bin Laden ao Reino sob a condição de que ele não fosse processado, mas o governo saudita o rejeitou”, disse ele.

“Depois disso, levei uma carta do então príncipe herdeiro Abdullah para o mulá Omar, o governante talibã do Afeganistão, buscando a extradição de Bin Laden para julgá-lo em Riad, mas isso não aconteceu”, acrescentou.

Ele também negou qualquer envolvimento das inteligências saudita e americana na criação da Al-Qaeda.

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