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Israel processa líderes de Golã por oposição a instalação de turbinas eólicas em terras agrárias

Soldados de Israel no território ocupado de Monte Bental, Colinas de Golã, 20 de janeiro de 2019 [Jalaa Marey/AFP/Getty Images]

A Corte de Magistrados de Israel em Nazaré realizou na última terça-feira (11) julgamento de notórios líderes locais dos territórios ocupados das Colinas de Golã devido à sua oposição ao projeto israelense de instalar turbinas eólicas em grandes áreas da região, estimadas em milhares de dunums de terras originalmente pertencentes à Síria.

Centenas de pessoas de aldeias de Golã viajaram à Corte de Magistrados de Israel para demonstrar apoio aos líderes perseguidos.

O xeque Fouad Qassem Al-Shaer, da aldeia de Majdal Shams, afirmou: “Há más intenções por trás do julgamento de nossos xeques e líderes, que demonstraram oposição a um projeto que afetará mais de trezentos fazendeiros nas aldeias de Golã. O projeto deverá tomar cerca de 4.500 dunums de terras agrárias.”

Al-Shaer destacou: “Contrapor o projeto só será possível ao conscientizarmos as pessoas sobre os riscos deste plano colonial, que alega tratar-se de implementar produção de energia limpa, porém impacta gravemente a vida das pessoas.”

Neste contexto, Emil Masoud – coordenador da campanha de solidariedade ao xeque Salman Ahmed Awad e Tawfiq Kinj Abu Saleh – declarou que o indiciamento ocorreu sem razão jurídica, pois não cometeram qualquer infração, salvo opôr-se ao projeto energético colonial israelense.

Masoud, da aldeia de Masade, reiterou: “O objetivo deste julgamento é intimidar e amedrontar as pessoas, para que a empresa possa instalar 25 turbinas, construídas, apenas em primeiro momento, em uma área de 4316 dunums de terras.”

Após a audiência de declaração das partes, a corte requisitou aos réus e promotoria negociar um eventual acordo.

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