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ONU rejeita o chamado ‘acordo do século’ proposto por Trump para o Oriente Médio

Antonio Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, discursa na 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU, na sede da organização em Nova Iorque, Estados Unidos, 24 de setembro de 2019 [Erçin Top/Agência Anadolu]

A Organização das Nações Unidas rejeitou o chamado “acordo do século” proposto pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump como suposto plano de paz para o conflito entre Israel e Palestina. Em declaração oficial, a organização internacional reiterou que este impasse deverá ser solucionado com base em suas resoluções e leis internacionais.

Em declaração – também emitida ao MEMO –, Stephane Dujarric, porta-voz para o Secretário-Geral da ONU Antonio Guterres, afirmou: “A posição das Nações Unidas sobre a solução de dois estados foi definida ao longo dos anos por resoluções relevantes do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da ONU, às quais está comprometido o Secretariado.”

Dujarric reiterou: “As Nações Unidas permanecem comprometidas a apoiar palestinos e israelenses na solução do conflito, com base nas resoluções da ONU, na lei internacional e em acordos bilaterais, com o objetivo de estabelecer a proposta de dois estados – Israel e Palestina –, vivendo lado a lado em paz e segurança, com fronteiras reconhecidas a partir dos limites demarcados antes de 1967.”

Os limites de 1967 referem-se ao territórios ocupados por Israel após a chamada Guerra dos Seis Dias, isto é, os territórios palestinos da Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Vale notar que Trump ignorou plenamente a solução de dois estados adotada pela ONU e por grande parte da comunidade internacional, ao propor sua própria visão do que seria uma solução de dois estados. O plano de Trump ignora as fronteiras de 1967, além de conceder Jerusalém à soberania israelense.

O caso de amor de Trump e Netanyahu em torno de Jerusalém e do destino do povo palestino – cartum [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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