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Israel e facções palestinas concordam com proposta de cessar-fogo

Após dois dias de ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza – que resultaram na morte de 34 palestinos e outros 111 feridos –, Israel e grupos da resistência palestina assentiram nesta manhã com uma proposta de cessar-fogo negociada pelo Egito.

Mus’ab Al-Breem, porta-voz da Jihad Islâmica, afirmou que o movimento estabeleceu condições para aceitar a proposta, mediada pelo Egito e pela ONU, com as quais Israel concordou.

Al-Breem declarou: “A ocupação rendeu-se às condições da resistência.”

O jornal israelense Maariv, publicado em hebraico, mencionou uma fonte diplomática de alto escalão que afirmou: “Israel conquistou seus objetivos com a operação. A Jihad Islâmica sofreu danos severos, destruímos sua infraestrutura e matamos mais de vinte de seus oficiais.” E reiterou: “Israel não ofereceu nada. As ações no solo é que decidem. Atacaremos qualquer um que nos ataque.”

Fontes do Haaretz relatam que o cessar-fogo proposto pelo Egito determina que os grupos palestinos interrompam imediatamente os ataques de foguetes. As fontes do jornal israelense também alegam que Israel suspendeu de imediato seus ataques e assassinatos em Gaza e que deixará de utilizar munição real contra manifestantes nos protestos pacíficos semanais da Grande Marcha do Retorno e pelo Fim do Cerco.

Entretanto, é ainda possível escutar nas ruas de Gaza o ruído de drones militares israelenses que sobrevoam o local.

O cessar-fogo foi anunciado após Israel executar 34 palestinos, incluindo oito de uma mesma família, e ferir outras 111 pessoas.

Nickolay Mladenov, enviado da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, afirmou que o cessar-fogo foi fruto de esforços conjuntos entre Egito e Nações Unidas. “O Egito e a ONU trabalharam duro para evitar que a mais perigosa escalada em Gaza e seus arredores levasse a uma nova guerra,” escreveu Mladenov em sua página do Twitter. “As horas e dias porvir serão críticos. Todos devem demonstrar o máximo comedimento e fazer sua parte para evitar um massacre. O Oriente Médio não precisa de mais guerra.”

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