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24 anos depois, iraquiana refugiada se encontra com o agente humanitário que lhe dera uma bicicleta

A iraquiana Mevan Babakar e o agente humanitário [Mervan - Twitter]

Reunidos por uma campanha no Twitter, a iraquiana Mevan Babakar e um assistente humanitário que lhe comprou uma bicicleta 24 anos atrás, em um campo de refugiados..

Babakar, agora com 29 anos, deixou o Iraque nos anos noventa em meio à Guerra do Golfo e à brutal campanha de Saddam Hussein contra os curdos. Sua família viajou pela Turquia, Azerbaijão e Rússia antes de se mudar para a Holanda.

Como parte de uma jornada para refazer seus passos, Babakar chegou à Holanda no início desta semana e queria encontrar o homem que fez seu “coração de cinco anos explodir de alegria” dando-lhe uma bicicleta. Ela disse que o presente e a bondade do homem moldaram sua infância.

A mãe dela manteve a foto do homem, então ela postou no Twitter e pediu ajuda:

 Oi internet, este  é um tiro no escuro, mas eu era uma refugiada de 5 anos nos anos 90 e este homem, que trabalhou em um campo de refugiados perto de Zwolle, na Holanda, pela bondade do seu próprio coração, me comprou uma bicicleta. Meu coração de cinco anos explodiu de alegria. Eu só quero saber o nome dele. Ajuda?

Depois de 3.000 retweets, três artigos de notícias e um vídeo, um ex-colega reconheceu o homem, compartilhou a foto com outras pessoas com quem costumava trabalhar e, em seguida, procurou Egbert nas redes sociais.

No dia seguinte, Babakar e Egbert se encontraram. “Ele achava que a bike era um gesto muito pequeno para causar tanto rebuliço, mas está realmente feliz por ter sido a chave para nos unir novamente”, escreveu Babakar no Twitter.

Ela postou atualizações sobre sua reunião:

Eu digo que, a esta altura, um arco-íris no meu caminho para vê-lo parece completamente normal. Por que não? Nosso carro está sendo levantado por pombas, afinal.

 

 

Este é o Egbert. Ele vem ajudando refugiados desde os anos 90. Ele  ficou tão feliz em me ver! Ficou  orgulhoso porque me tornei uma mulher forte e corajosa. Ele disse que era o seu desejo para mim quando eu era pequena. Ele cultiva orquídeas. Ele tem uma linda família. Dsse que parecia que eu nunca tinha partido.

Babakar disse ao New York Times que estava feliz em compartilhar uma experiência positiva sobre ser uma refugiada em um cenário de crise dos refugiados e do sentimento negativo sobre os que pendem asilo.

“Acho que é muito fácil para as pessoas ignorarem ou se sentirem realmente impotentes diante desses problemas grandes e abstratos que ouvimos o tempo todo. É realmente um conforto lembrar que somos todos muito poderosos no modo como tratamos os outros. Especialmente nos pequenos atos, somos poderosos ”.

 

 

 

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