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EUA diz ver sinais de que a Síria pode estar usando armas químicas e alerta para resposta rápida

Criança síria recebe tratamento médico após ataque químico realizado pelo regime de Assad, em Idlib, na Síria [Agência Anadolu]

Os Estados Unidos veem sinais de que o governo sírio pode estar usando armas químicas, incluindo um suposto ataque de cloro no domingo, no noroeste da Síria, informou o Departamento de Estado na terça-feira, alertando que Washington e seus aliados responderão “rápida e apropriadamente” se isso for comprovado. A notícia é da Agência Reuters.

“Infelizmente, continuamos a ver sinais de que o regime de Assad pode estar renovando seu uso de armas químicas, incluindo um suposto ataque de cloro no noroeste da Síria, na manhã de 19 de maio,” disse Morgan Ortagus, porta-voz do Departamento de Estado.

“Ainda estamos reunindo informações sobre esse incidente, mas repetimos nossa advertência de que, se o regime de Assad usar armas químicas, os Estados Unidos e nossos aliados responderão rápida e apropriadamente,” disse ele.

Ortagus disse que o suposto ataque foi parte de uma campanha violenta das forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, que violaram um cessar-fogo que protegia vários milhões de civis na área de Idlib.

“Os ataques do regime contra as comunidades do noroeste da Síria devem terminar”, disse o comunicado. “Os Estados Unidos reiteram sua advertência, emitida pela primeira vez pelo presidente Trump em setembro de 2018, de que um ataque contra a zona de segurança de Idlib seria uma escalada imprudente que ameaça desestabilizar a região.”

O governo Trump bombardeou a Síria por duas vezes sobre o suposto uso de armas químicas por Assad, em abril de 2017 e abril de 2018. Em setembro, um oficial sênior americano afirmou que havia evidências de armas químicas sendo preparadas por forças sírias em Idlib, o último grande reduto rebelde no país.

Ataque químico na Síria – charge [Sabaaneh/Middle East Monitor]

“O regime de Assad não deve repetir o uso de armas químicas na Síria”, disse em comunicado o comandante Sean Robertson, porta-voz do Pentágono. “Não deve haver dúvida quanto à nossa determinação de agir com força e rapidez se o regime de Assad usar essas armas novamente no futuro,” disse ele.

A declaração do Departamento de Estado acusou as forças da Rússia e de Assad de “uma campanha de desinformação contínua … para criar a falsa narrativa de que outros são culpados por ataques com armas químicas”.

“Os fatos, no entanto, são claros,” declarou o comunicado. “O próprio regime de Assad conduziu quase todos os ataques verificados de armas químicas que ocorreram na Síria – uma conclusão que as Nações Unidas alcançaram repetidas vezes.”

Um funcionário dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que o governo sírio tem um histórico de recorrer a armas químicas quando os combates se intensificam; contudo, sem qualquer confirmação de qual substância foi supostamente usada, se isso ocorreu. Afirmou também que o governo dos EUA ainda estava coletando informações.

Não houve comentários imediatos do governo sírio sobre a declaração dos EUA.

Em março, a mídia estatal síria citou um hospital do governo Hama dizendo que 21 pessoas sofreram sintomas de asfixia por gás venenoso, depois que os rebeldes bombardearam uma aldeia.

Em janeiro, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, alertou o governo sírio contra o uso de armas químicas novamente.

“Não há absolutamente nenhuma mudança na posição dos EUA contra o uso de armas químicas pelo regime sírio e absolutamente nenhuma mudança em nossa posição de que qualquer uso de armas químicas será atendido por uma resposta muito forte, como fizemos duas vezes antes,” Bolton disse na época.

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