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Turquia almeja proteção de Trump contra sanções por compra de sistema de mísseis russos

Presidente da Turquia Recep Erdogan encontra-se com o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, durante reunião de cúpula do G20, em Buenos Aires, Argentina, 1° de dezembro de 2018 [Murat Cetinmuhurdar/Presidência da Turquia/Agência Anadolu]

A Turquia espera que o Presidente Donald Trump faça uso de seu poder de veto para protegê-la caso o Congresso americano decida estabelecer sanções a Ancara sobre a compra planejada de um sistema balístico de defesa russo, declarou um porta-voz da presidência turca em Washington, na terça-feira (16), afirma a agência Reuters.

Os Estados Unidos ameaçaram impor sanções caso a Turquia feche o acordo com a Rússia. Ancara afirmou que sua compra não deve levar a sanções, pois a Turquia não é um adversário de Washington e permanece comprometida à aliança da Otan.

“Se chegarmos a isso, ou seja, as sanções propostas para implementação pelo Congresso, é claro, esperamos que o Presidente Trump utilize seu poder de veto nessa questão,” relatou Ibrahim Kalin aos repórteres em uma coletiva.

Ao ser questionado se Trump sugeriu explicitamente que iria emitir veto, Kalin disse que não. “Não posso afirmar que o fez. Esta é uma mensagem que estamos comunicando.”

Oficiais americanos caracterizaram a compra planejada pela Turquia de sistemas de mísseis S-400 fabricados na Rússia como algo “profundamente problemático,” argumentando que comprometerá a segurança dos jatos combatentes F-35, fabricados pela Corporação Lockheed Martin. A Turquia recusou-se a recuar e afirmou que irá receber a remessa de S-400 em julho.

A divergência é a última de uma série de disputas diplomáticas entre os Estados Unidos e a Turquia. Elas incluem demandas turcas para que Washington extradite o clérigo Fethullah Gulen, diferenças sobre a política no Oriente Médio e a guerra na Síria, assim como sobre as sanções ao Irã.

Ao ser questionado sobre o que fazer caso Trump se abstenha de seu poder de veto, Kalin disse que a Turquia terá de esperar para ver a conjuntura das sanções, mas espera que não cheguem a tanto. “Ameaças e sanções seriam bastante contraprodutivas, retrocedentes e ineficientes sobre qualquer resultado positivo,” ele afirma.

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