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Os combates em Gaza podem ser retomados se o Hamas se recusar a desarmar, alertam os EUA aos mediadores

20 de novembro de 2025, às 07h08

Palestinos deslocados tentam sobreviver em tendas improvisadas, montadas sobre os escombros, no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, Gaza, em 17 de novembro de 2025. [Khames Alrefi/ Anadolu Agency]

Os Estados Unidos informaram os países mediadores e os estados que devem contribuir com tropas para uma missão internacional de segurança em Gaza que permitirão que Israel retome as operações militares se o Hamas não se desarmar, de acordo com uma reportagem do jornal israelense Israel Hayom.

O jornal afirmou que Washington transmitiu essa posição explicitamente durante as deliberações do Conselho de Segurança da ONU sobre o futuro da Faixa de Gaza. O embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz, teria reafirmado a posição em discussões internas com representantes americanos envolvidos nas negociações da resolução.

Autoridades americanas também transmitiram a mesma mensagem a líderes políticos e comandantes militares israelenses, inclusive durante conversas com as Forças de Defesa de Israel no Centro de Coordenação Civil-Militar (CMCC) em Kiryat Gat, segundo o relatório. Washington enfatizou seu compromisso com o desarmamento completo do Hamas e o desmantelamento de sua infraestrutura militar em Gaza.

Fontes políticas israelenses disseram ao jornal que os EUA estabeleceram duas prioridades imediatas após a adoção da resolução sobre Gaza pelo Conselho de Segurança: o estabelecimento de uma força internacional para operar dentro da Faixa de Gaza e impedir que o Hamas controle a entrada e a distribuição de suprimentos no território sitiado.

No entanto, a formação de tal força enfrenta obstáculos significativos. Até o momento, nenhum país concordou em enviar tropas que possam se envolver em confrontos diretos com o Hamas.

A posição dos EUA surge em meio a negociações em andamento sobre a governança e os acordos de segurança pós-guerra em Gaza e reflete a insistência de Washington de que qualquer estrutura política ou humanitária deve garantir que o Hamas não possa retomar o controle militar.

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