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Hamas rejeita forças internacionais em Gaza e concorda que ministro da Autoridade Palestina administre o enclave

6 de novembro de 2025, às 04h18

Uma vista do mirante Sheikh Ridwan, na Cidade de Gaza, mostra a grande destruição deixada após a retirada do exército israelense, em decorrência de um acordo de cessar-fogo, em 25 de outubro de 2025. [Hassan Jedi/ Anadolu Agency]

O alto funcionário do Hamas, Mousa Abu Marzouk, afirmou na noite de terça-feira que o movimento concordou com a nomeação de um ministro da Autoridade Palestina para administrar Gaza, visando o interesse público.

Em entrevista televisionada, Abu Marzouk afirmou que as facções palestinas chegaram a um consenso de que a força de segurança que opera em Gaza deveria ser palestina, sob a liderança do comitê responsável pela administração do enclave.

Ele explicou que seria difícil para o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução para o envio de uma força internacional a Gaza, conforme proposto pelos Estados Unidos.

Abu Marzouk acrescentou que os mediadores insistiram que a formação de tal força deveria ser autorizada pelo Conselho de Segurança, enquanto os Estados Unidos e Israel não desejavam que ela fosse estabelecida por meio de uma resolução da ONU. Ele enfatizou que o Hamas não aceitaria nenhuma força militar estrangeira substituindo o exército israelense em Gaza.

O representante do Hamas declarou que Israel não obteve a vitória em sua guerra contra Gaza e que o povo palestino não se rendeu apesar de dois anos de destruição.

Ele também afirmou que o Hamas registrou mais de 190 violações israelenses desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 11 de outubro.

Abu Marzouk observou que as partes ainda não haviam chegado à segunda fase do acordo, que deverá abordar a questão das armas em Gaza.

Enquanto isso, uma fonte familiarizada com o assunto disse à CNN que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, estava preparando um projeto de resolução para o Conselho de Segurança da ONU para o envio de uma força multinacional a Gaza, a fim de apoiar o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.

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