Um porta-voz da ONU marcou na sexta-feira o Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, lembrando os perigos enfrentados por jornalistas em todo o mundo — particularmente na Faixa de Gaza, segundo a Anadolu.
“Quase nove em cada dez assassinatos de jornalistas permanecem sem solução. Gaza tem sido o lugar mais mortal para jornalistas em qualquer conflito”, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, a jornalistas.
O secretário-geral António Guterres pede investigações “independentes e imparciais” sobre os assassinatos de jornalistas, enfatizando que “a impunidade é um ataque à liberdade de imprensa e uma ameaça à própria democracia”, disse Dujarric.
“Quando os jornalistas são silenciados, todos nós perdemos a nossa voz”, afirmou.
Pelo menos 248 jornalistas foram mortos em Gaza desde 7 de outubro de 2023, mais do que em qualquer outro conflito da era moderna, segundo o escritório de direitos humanos da ONU.
Sobre a situação atual no enclave, Dujarric disse que as operações humanitárias continuam, apesar dos relatos de novos ataques aéreos israelenses em todo o enclave sitiado.
“Segundo fontes locais, esses ataques resultaram em vítimas. Reiteramos que todas as partes devem se abster de quaisquer atividades que coloquem civis, incluindo trabalhadores humanitários, em risco, e lembramos ao exército israelense de sua obrigação de tomar o máximo cuidado para poupá-los em todas as suas operações militares”, disse ele.
Dujarric também descreveu o agravamento do colapso do sistema de saúde de Gaza, que continua a lutar para atender às necessidades avassaladoras da população.
“O sistema de saúde de Gaza continua a enfrentar um desafio significativo para atender às imensas necessidades da população de Gaza”, afirmou.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, Dujarric disse que, até 7 de outubro deste ano, mais de 1.700 profissionais de saúde foram mortos desde o início da guerra em 2023. Um cessar-fogo baseado no plano de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump, está em vigor. Israel, no entanto, o violou diversas vezes.








