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Irã se recusa a participar da Cúpula de Paz de Sharm El-Sheikh, apesar do convite dos EUA

14 de outubro de 2025, às 04h27

Um outdoor com os retratos do presidente dos EUA, Donald Trump, e do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, em frente ao centro de congressos, antes da Cúpula de Paz de Sharm El-Sheikh, na cidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, em 13 de outubro de 2025. [Khaled Desouki/AFP via Getty Images]

Uma fonte iraniana bem informada confirmou que o Irã não participará da próxima Cúpula de Paz de Sharm El-Sheikh, em Gaza, apesar de ter recebido um convite oficial dos Estados Unidos, informou a mídia iraniana no domingo.

De acordo com a fonte não identificada, citada por veículos de comunicação iranianos, “o Irã não participará da Cúpula de Sharm El-Sheikh, apesar de ter sido oficialmente convidado a participar de seus procedimentos”, sem fornecer mais detalhes sobre os motivos da decisão de Teerã.

O Departamento de Estado dos EUA estendeu, no sábado, convites a vários países para participarem da reunião de alto nível de segunda-feira em Sharm El-Sheikh, Egito, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo permanente em Gaza e facilitar a libertação de reféns. A lista de convidados incluía Espanha, Japão, Azerbaijão, Armênia, Hungria, Índia, El Salvador, Chipre, Grécia, Bahrein, Kuwait e Canadá.

O Ministério das Relações Exteriores egípcio afirmou que o Ministro das Relações Exteriores, Badr Abdel Aty, tem mantido contato intensivo com seus homólogos de países árabes, islâmicos, europeus e asiáticos como parte dos preparativos para a cúpula. Abdel Aty transmitiu convites do presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, e do presidente americano, Donald Trump, para participar do que Cairo descreveu como um “ponto de virada” nos esforços para encerrar a guerra de dois anos em Gaza, que matou dezenas de milhares e deslocou milhões.

De acordo com a Axios, autoridades americanas confirmaram que o Irã estava entre os convidados, mas que Israel não comparecerá.

A cúpula, copresidida pelo presidente el-Sisi e pelo presidente Trump, reunirá líderes de mais de 20 países. A presidência egípcia afirmou que o encontro visa consolidar os esforços internacionais em direção a um cessar-fogo duradouro, promover a estabilidade regional e avançar a paz no Oriente Médio, em linha com o que chamou de visão do presidente Trump para o fim dos conflitos globais.

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