Em encontro com Trump, Netanyahu pede desculpas a Doha, alega Axios

Durante encontro nesta segunda-feira (29) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teria conversado por telefone com seu homólogo catari Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, para se desculpar pelos ataques aéreos a Doha, reportou a rede de imprensa americana Axios.

Segundo os rumores, o premiê teria lamentado a escalada de 9 de setembro, em violação da soberania do Catar, resultando na morte de um agente de segurança nacional.

Desculpas foram reivindicadas pelo Catar — aliado americano no Golfo, incluindo bases armadas — para manter seu papel de mediação a um eventual acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros em Gaza.

Netanyahu chegou à Casa Branca na segunda para audiência com Trump, pela quarta vez em oito meses, após passar por Nova York na última semana, onde proferiu seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a um plenário quase vazio.

Trump insiste confiança em chegar a um acordo em Gaza, “a qualquer momento”, apesar de reiterados atos de sabotagem israelense às negociações, incluindo o bombardeio sem precedentes em Doha, com intuito de executar a delegação do Hamas.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 66 mil mortos, 168 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob cerco, destruição e fome. Entre as fatalidades, cerca de 20 mil são crianças.

Netanyahu é foragido em 120 países, sob mandado de prisão emitido em novembro pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia. Washington não é signatário da corte, ao permitir salvo-conduto ao criminoso de guerra.

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