O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, emitiu uma forte mensagem de solidariedade à Flotilha Global Sumud, iniciativa com destino a Gaza, pelo fim do cerco de Israel.
Petro descreveu os tripulantes como “testemunho vivo de que humanidade ainda é capaz de se erguer diante da barbárie”.
Em sua mensagem, publicada na terça-feira (2), declarou: “Sua empreitada não é apenas uma jornada marítima; é um chamado ético, uma demonstração de solidariedade capaz de atravessar os mares quando fronteiras seguem fechadas”.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) August 30, 2025
“Da Colômbia, uma terra de resistência e esperança, mando um abraço afetuoso àqueles dos mais diferentes cantos do mundo que se preparam para navegar a Gaza nos próximos dias”, destacou o presidente.
“Se a Palestina morre, toda a humanidade morre com ela”, acrescentou. “A dignidade não se rende, mesmo quando tentam sufocá-la com muros, embargos e silêncio”.
“Na Colômbia, conhecemos o peso da dor e o preço da guerra. Sabemos o que é lamentar aqueles que nos foram tirados, caminhar com fome, enterrar a esperança”, relembrou. “É, quem sabe, que sabemos que o silêncio frente ao genocídio é cumplicidade”.
“Que o vento carregue seus barcos com a força da história; que o mar abra seus braços”, concluiu Petro. “E que o mundo ouça sua mensagem: Gaza não está sozinha. A Palestina não está sozinha. A humanidade não pode mais ficar em silêncio”.
Quando se aproximarem das águas de Gaza, sentirão viajando a seu lado a voz de milhões de pessoas que acreditam que a paz não é uma utopia, mas sim um dever.
Em postagem à parte, sumarizou o presidente: “Viva a Palestina livre. Todo nosso apoio à flotilha da Liberdade”.
A Flotilha Global Sumud, com cerca de 200 ativistas de 44 países, partiu de Barcelona, na Espanha, na segunda-feira (1º), após o mau tempo forçar seu retorno no dia anterior.
Dentre seus tripulantes, estão a ativista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila, o ator irlandês Liam Cunningham e a ex-prefeita de Barcelona, Ada Colau.
Embarcações da Itália e Tunísia se juntarão à missão, em um ponto de encontro na Sicília. Estima-se que a frota final contenha 500 pessoas e 60 barcos. A previsão é chegar a Gaza em meados deste mês.
Duas iniciativas prévias — com apenas um barco cada: Madleen, em junho, e Handala, no mês seguinte — foram interceptadas em alto-mar por Israel.
Israel mantém embargo quase absoluto à assistência humanitária a Gaza, ao assumir o controle da distribuição mediante a chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF, em inglês), mecanismo militarizado responsável por mais de mil mortes.
As ações israelenses, investigadas como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, deixaram ao menos 63 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome, desde outubro de 2023.
Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do consórcio da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), declarou oficialmente a fome generalizada em Gaza, com centenas de milhares afetados.
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