Vinte e duas organizações da sociedade civil reforçaram apelos ao governo britânico, nesta quarta-feira (27), para agir devidamente contra empresas cúmplices do genocídio israelense em Gaza, bem como dos assentamentos ilegais na Cisjordânia.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Ao criticar o governo do primeiro-ministro Keir Starmer por falhar em responsabilizar companhias nacionais envolvidas em violações na Palestina, o comunicado reiterou que a inação “ajudou a normalizar violações da lei internacional”.
“O Reino Unido continua a permitir que nossas empresas comercializem e invistam em negócios radicados em assentamentos ilegais na Cisjordânia”, corroborou a nota, reportada pelo jornal escocês The National.
“Tais relações econômicas tornam lucrativos empreendimentos como esses, ao alimentar a economia dos assentamentos, preservar um sistema de apartheid e sustentar a presença ilegal israelense nos territórios ocupados”, acrescentou.
Entre os signatários, Anistia Internacional, Centro Internacional por Justiça para os Palestinos e o grupo de ativismo climático Amigos da Terra.
A carta instou Londres a aderir a um embargo de armas a Israel e banir comércio e investimentos com assentamentos ilegais, incluindo via congelamento do atual acordo de negócios firmado com o Estado ocupante.
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O chamado coincide com um dossiê de Francesca Albanese, relatora especial das Nações Unidas para os direitos humanos nos territórios ocupados, sobre a “economia do genocídio” e a cumplicidade corporativa com os crimes israelenses.
O coletivo pediu ações contra firmas listadas na Bolsa de Ações de Londres, incluindo Airbnb, com aluguéis em colonatos ilegais, Amazon e Palantir. A companhia armamentista BAE Systems, o banco Barclays e a Universidade de Edimburgo, com parceria acadêmica com instituições coloniais, também foram citadas.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com 63 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024. Governos e empresas cúmplices podem ser implicados ao longo do processo.
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