O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta quarta-feira (4) para proibir a entrada de cidadãos de 12 nações, ao caracterizá-los arbitrariamente como “terroristas internacionais”, para além de outros pretextos de segurança.
As informações são da agência de notícias Reuters.
A diretiva é parte, no entanto, da repressão trumpista contra a imigração, reforçada em seu segundo mandato, desde janeiro. A política inclui a deportação a El Salvador — sob o governo aliado de Nayib Bukele — de centenas de venezuelanos e outros imigrantes, além de negativa de visto a estudantes e expatriação em massa.
Os países recentemente afetados foram Afeganistão, Myanmar, Chade, Congo, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Iêmen, Irã, Líbia, Somália e Sudão.
Cidadãos de outros sete países terão sua entrada parcialmente restrita: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
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“Não deixaremos entrar em nosso país aqueles que nos querem mal”, reforçou Trump em vídeo compartilhado na rede social X (Twitter), ao advertir que a lista será revisada periodicamente, com novas inclusões.
O decreto entra em vigor na segunda-feira (9). Vistos emitidos previamente não devem ser revogados, segundo a declaração oficial, apesar de práticas arbitrárias adotadas por Trump e correligionários nos últimos meses.
Em seu primeiro mandato, Trump baniu cidadãos de sete países de maioria islâmica — política racista que passou por sucessivas versões até ser ratificada pela Suprema Corte dos Estados Unidos em 2018.
O presidente democrata Joe Biden, que antecedeu Trump, revogou a medida em 2021, sobre cidadãos de Irã, Líbia, Somália, Síria e Iêmen — contudo, sem aprovação de leis que impedissem sua reincidência.
Trump insistiu que os países submetidos a restrições serão decididos conforme “grande presença de terroristas”, suposta falta de registros criminais, taxas altas de violação de vistos ou mesmo falta de condições para verificação de viajantes.
“Não podemos ter imigração de qualquer país do mundo, sem poder saber de verdade, com segurança, quem são aqueles que querem entrar”, alegou Trump.
O governo oficial da Somália, em resposta, prometeu trabalhar para melhorar questões de segurança. “Valorizamos nossa relação com os Estados Unidos e estamos dispostos ao diálogo para tratar das apreensões”, disse o embaixador Dahir Hassan Abdi.








